Maduro: Obama deu passo mais agressivo da história dos EUA contra a Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 10/03/2015 01h10
  • BlueSky

Caracas, 9 mar (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira que seu colega americano, Barack Obama, deu o passo “mais agressivo” da história de seu país contra a Venezuela depois que Washington declarou uma “emergência nacional” pelo “risco extraordinário” da situação do país caribenho para a segurança dos Estados Unidos.

“O presidente Obama deu o passo mais agressivo, injusto e nefasto que jamais havia sido dado contra a Venezuela”, afirmou Maduro em uma declaração no Palácio de Miraflores acompanhado de todos os membros de seu governo e do alto comando militar.

No discurso, retransmitido em cadeia de rádio e televisão, Maduro ressaltou que se trata da “maior agressão que os Estados Unidos fizeram contra a Venezuela em toda sua história”.

“Os Estados Unidos e o presidente Obama, representando à elite imperialista dos EUA, decidiu passar pessoalmente a cumprir a tarefa de derrubar meu governo e intervir na Venezuela para controlá-la”, declarou.

O presidente venezuelano disse que Obama decidiu “colocar-se em um beco sem saída” e que será lembrando no futuro como Richard Nixon, a quem responsabilizou pelo golpe contra o presidente chileno, Salvador Allende, ou como George W. Bush, a quem culpou pelo golpe de 2002 contra o então presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Maduro negou que seu país possa representar uma ameaça para os EUA, como assegurou hoje Obama, e afirmou, dirigindo-se às autoridades de Washington, que “uma ameaça para o povo dos EUA são vocês, os que decidem invadir, matar e financiar o terrorismo no mundo”.

Além disso, ressaltou que os EUA “não têm o direito de agredi-lo e de declarar que a Venezuela é uma ameaça” e instou Obama a defender os direitos humanos dos negros “que morrem nas cidades norte-americanas todos os dias, das milhares de pessoas que não têm onde dormir e morrem de frio nas ruas de Nova York, de Boston ou de Chicago, ou dos detidos na base de Guantánamo”.

“É tempo de definições, de dar um passo adiante para dizer ao império americano que pretende violar a sagrada soberania de nossa pátria que há um povo que está cada vez mais unido, mais coeso, melhor preparado para garantir que a bota ianque nunca, jamais tocará nessa terra”, concluiu Maduro. EFE

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.