Maduro pedirá que Obama ressarça vítimas da invasão do Panamá
Cidade do Panamá, 10 abr (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta sexta-feira, em sua chegada ao Panamá, que pedirá pessoalmente ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que se desculpe e indenize às vítimas da invasão americana do país centro-americano em 1989.
“Os EUA têm que pedir perdão (…) e têm que indenizar às vítimas de uma invasão militar que foi um massacre”, disse Maduro no popular bairro de El Chorrillo, na capital panamenha, aonde chegou diretamente do aeroporto após aterrissar no país.
O presidente venezuelano deixou uma coroa de flores no Monumento aos Caídos da invasão americana de 20 de dezembro de 1989 em El Chorrillo, que naquela ocasião foi incendiado quase em sua totalidade em consequência do bombardeio americano, que fez com que 20.000 pessoas perdessem suas residências.
Maduro se comprometeu com a Associação de Familiares e Amigos das Vítimas da Invasão em entregar a Obama uma carta na qual reivindicam a reparação dos danos causados pela Operação Causa Justa, que é o nome com o qual os EUA chamaram a intervenção no Panamá para deter Manuel Antonio Noriega.
“Queria visitar esta praça, este bairro, porque para nós foi muito doloroso ver como o povo bolivariano do Panamá era massacrado”, declarou Maduro, que está no país para participar da VII Cúpula das Américas.
O líder venezuelano aproveitou para exaltar a figura do ex-presidente do Panamá, Omar Torrijos, que conseguiu renegociar os tratados sobre a administração do Canal do Panamá com os EUA em 1977, que gradualmente acabaram com a transferência de terras e o controle da via interoceânica aos panamenhos em 1999.
Maduro passeou por El Chorrillo cumprimentando seus moradores e se deslocou conduzindo seu próprio veículo até o centro velho da capital panamenha, onde deixou outra coroa de flores perante a estátua do libertador Simón Bolívar. EFE
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