Mãe de Madeleine lamenta “lentidão” das autoridades portuguesas
Londres, 1 mai (EFE).- Kate McCann, mãe da menina britânica desaparecida no Algarve, em Portugal, em maio de 2007, expressou nesta quinta-feira sua frustração pela “lentidão” na investigação das autoridades portuguesas e por sua negativa de formar uma equipe conjunta com a Polícia britânica.
Em entrevista à “BBC” às vésperas de se completar o sétimo aniversário do desaparecimento de Madeleine, confessa também que todo ano viajam uma ou duas vezes à Praia de Luz para relembrar os últimos momentos que passaram com a menina.
“Ainda caminho por essas ruas e suponho que tento achar respostas. Ajuda-me, na maioria das vezes”, declara em entrevista junto a seu marido, Gerry McCann.
Explica, além disso, que o casal, que tem dois gêmeos de 9 anos, Sean e Amélie, deixou intacto o quarto de Madeleine em sua casa de Rothley, no condado inglês de Leicester.
“A cada ano em maio fazemos um bolo em seu aniversário, o dia mais difícil do ano”, acrescenta, e lembra que este mês Madeleine, que desapareceu com quase quatro anos, teria completado 11 anos e estaria a ponto de começar a escola secundária médio.
Em relação à investigação portuguesa, reaberta em outubro de 2013 após ser arquivada em 2008 por falta de provas, Kate McCann expressa sua angústia e frustração pela lentidão do processo.
“Embora tenham se passado sete anos, ter de esperar semanas ou meses particularmente para que se processem solicitações (por exemplo da Polícia do Reino Unido)… é frustrante”, disse à rede pública.
“Para nós faz sentido que as duas forças policiais trabalhem juntas, para ter um enfoque mais unificado e evitar duplicidades e basicamente para que a investigação avança com mais rapidez”, explica.
O marido, Gerry, diz que “o que está claro é que há muitas possíveis linhas de investigação e resta muito trabalho a ser feito em Portugal”.
A família McCann lembrará o sétimo aniversário do desaparecimento de Madeleine do apartamento em que dormia com seus irmãos em Praia de Luz – enquanto os pais jantavam no mesmo complexo – com uma reunião com amigos em Rothley. EFE
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