Maioria das enfermeiras nos EUA não se sente preparada para tratar ebola
Washington, 13 out (EFE).- Mais de três quartos das enfermeiras nos Estados Unidos não se sentem preparadas para tratar adequadamente pacientes com ebola, segundo uma pesquisa da National Nurses United divulgada nesta segunda-feira.
A pesquisa, realizada com duas mil enfermeiras da maior associação de profissionais do setor no país, revelou que 85% das entrevistadas afirmam não ter recebido informação suficiente em seus locais de trabalho para identificar e interagir com pacientes com sintomas do vírus ebola.
O primeiro caso de contágio dentro dos EUA foi exatamente de uma enfermeira de 26 anos, Nina Pham, que atendeu Thomas Eric Duncan, o primeiro doente de ebola diagnosticado no país, no hospital Presbiteriano de Dallas. Duncan morreu na última quarta-feira.
A pesquisa apontou que 75% das enfermeiras afirmaram que seus hospitais não comunicaram a existência de uma política específica a respeito de “potenciais admissões” de pacientes infectados pelo vírus, enquanto 36% assinalaram que não há roupas adequadas para entrar em contato com pacientes de ebola.
Após a confirmação de contágio de Pham neste domingo, ela permanece isolada e está “clinicamente estável”, disse hoje o diretor dos Centros de Controle de Prevenção e Doenças (CDC) de EUA, Thomas Frieden, em entrevista coletiva.
Por causa deste contágio, o primeiro ocorrido dentro do país, Frieden afirmou que “os Estados Unidos devem repensar o modo como abordam o controle do ebola em seu próprio território”.
As autoridades sanitárias continuam a investigar como ela foi infectada.
Durante seu contato com Duncan, Pham usou traje de proteção, com roupão, luvas e máscara, mas “em algum momento houve uma falha no protocolo” de segurança, disse ontem Frieden.
Obama ordenou que seja realizada “o mais em breve possível” uma investigação da “aparente” falha nos protocolos de controle de infecções do hospital afetado. EFE
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