“Maioria não será atingida por reajuste”, diz secretário de transportes de SP

  • Por Estadão Conteúdo
  • 11/01/2017 10h11
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Edson Lopes Jr/A2 FOTOGRAFIA CPTM

O secretário estadual de transportes metropolitanos Clodoaldo Pelissioni afirmou nesta quarta-feira (11), que a maioria da população não será afetada caso haja reajuste das tarifas de integração entre ônibus e trilhos (metrô e trem) em São Paulo. 

O governo quer aumentar a cobrança de quem faz uso de duas ou mais modalidades de transporte coletivo de R$ 5,92 para R $ 6,80 “A maioria da população não será atingida. Mais de dois terços dos usuários do Metrô não seriam atingidos. Na CPTM, 62% dos usuários não serão afetados”, disse.

O secretário não informou os valores absolutos do número de usuários que utilizam só bilhete unitário (apenas ônibus ou metrô) ou integrado. Ele destacou que a maior parte dos que fazem uso da tarifa integrada utilizam vale-transporte, bancado pelo empregador. 

Até o momento, o reajuste está travado na Justiça, por causa de uma liminar. O governo estadual chegou a aumentar a passagem no domingo, dia 8, alegando não ter sido notificado formalmente da decisão, proferida na última semana, mas foi obrigado a recuar nesta quarta-feira, quando todos os valores cobrados voltaram à tarifa antiga. 

A mudança é uma forma de compensar o congelamento da tarifa básica do transporte público em R$ 3,80, promessa de campanha do prefeito João Doria (PSDB) que depois foi seguida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para trens e metrôs. Caso o governo perca a batalha judicial, não está descartada a hipótese de o valor do bilhete unitário subir.

Nesta quarta-feira, a Prefeitura ingressou na ação junto ao Estado para tentar manter o aumento da passagem integrada. A informação foi confirmada pelo secretário municipal de Transportes Sérgio Avelleda. “Não somos parte, mas vamos ingressar espontaneamente e tomar conhecimento”, disse.

Valores

Com a decisão judicial, as demais tarifas reajustadas pelo governo do Estado também voltaram aos patamares antigos. O bilhete único mensal, que havia subido para R$ 190, retornará ao preço de R$ 140, tanto na categoria ônibus como só trilhos. O mesmo vale para o bilhete único mensal integrado, que terá de ser mantido a R$ 230 no lugar dos R$ 300 propostos pelo governo

O governo do Estado havia justificado a necessidade do reajuste dizendo que, sem o aumento apenas das integrações e dos bilhetes temporais, a tarifa básica teria de ser reajustada para R$ 4,05 e que a mudança resultaria em um aumento de R$ 220 milhões para os custeios de trens e metrô.

No caso da Prefeitura, o reajuste significaria uma receita de R$ 3,20 por passageiro em cada integração com os trilhos, valor que era de R$ 2,82 antes do aumento (o restante vai para o metrô ou os trens).

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