Mais 2 PMs acusados do assassinato de Patrícia Acioli no Brasil
Rio de Janeiro, 4 abr (EFE).- O Tribunal do Júri de Niterói condenou a 25 anos de prisão por homicídio qualificado e formação de quadrilha outros dois dos policiais militares acusados de assassinar à juíza federal Patricia Acioli em agosto de 2011, informaram nesta sexta-feira fontes oficiais.
As sentenças contra o sargento Charles Azevedo Tavares e o cabo Alex Ribeiro Pereira foram ditadas na madrugada desta sexta-feira, após uma audiência judicial que se prolongou por dois dias.
Com as sentenças, sobe para nove o número de policiais que foi condenado pelo assassinato de Acioli, juíza titular do Tribunal do Júri de São Gonçalo (RJ) e que era conhecida por sua posição rígida contra policiais acusados de violações dos direitos humanos.
Entre os condenados destaca o tenente-coronel Claudio Oliveira, que era comandante do Batalhão da Polícia Militarizada em São Gonzalo e quem terá que cumprir 36 anos de prisão por sua responsabilidade como autor intelectual do homicídio.
Outros dois policiais que seriam julgados esta semana pelo mesmo crime terão que comparecer em uma nova audiência nas próximas semanas devido a que seus advogados alegaram não haver tido tempo para ler todos os expedientes.
A juíza Patricia Acioli foi assassinada com 21 disparos em 11 de agosto de 2011 na porta de sua casa, em um crime que indignou a opinião pública no Brasil.
A juíza investigava as máfias de policiais corruptos que atuam em bairros pobres de São Gonçalo e tinha ordenado a prisão de vários deles.
A magistrada, de 47 anos e com três filhos, era conhecida por sua rigorosa atuação contra integrantes de grupos de extermínio.
Segundo os parentes de Patrícia, ela chegou a contar durante algum tempo com segurança armada que depois foi retirada, apesar de Patrícia ter recebido pelo menos quatro ameaças de morte. EFE
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