Mais de 1 milhão de bebês morrem no 1º dia de vida a cada ano, revela estudo

  • Por Agencia EFE
  • 25/02/2014 09h23

Londres, 25 fev (EFE).- Mais de 1 milhão de bebês morrem no primeiro dia de vida a cada ano, embora metade destas mortes possa ser evitada com “atendimento qualificado e acesso gratuito à saúde”, assinalou a organização Save The Children.

Através de um estudo divulgado nesta terça-feira, a ONG pede aos governos e ao setor privado para se comprometerem com a redução da mortalidade neonatal, que alcança o número mundial de 2,9 milhões de bebês falecidos em seus primeiros 28 dias de vida.

No documento, intitulado “Ending newborn deaths” (Acabar com as mortes de recém-nascidos, em livre tradução), a ONG cita que as principais causas destas mortes são os “nascimentos prematuros e as complicações durante o parto”, algo que chega a afetar 40 milhões de mulheres que dão à luz a cada ano sem ajuda médica capacitada.

O responsável pela cooperação ao desenvolvimento e ajuda humanitária da Save The Chilren, David del Campo, explicou que “muitas mães dão à luz sozinhas, no chão de suas casas ou no campo, sem o atendimento médico que poderia salvar a vida de seu filho”.

Além dos números citados, o estudo em questão mostra que 1,2 milhão de crianças morrem durante o parto “por complicações, infecções da mãe ou hipertensão”.

De acordo com o estudo, 6,6 milhões de crianças menores de cinco anos morreram no mundo todo em 2012, um número que reflete a redução da mortalidade infantil na última década, quando esse índice se situava em 12 milhões de mortes por ano.

No entanto, o relatório indica que, diante “magnitude do problema das mortes neonatais”, é necessário um “maior compromisso político” para continuar progredindo nesse sentido.

A organização reivindica um “plano de ação” para “formar e equipar pessoas qualificadas” que atenda na área de maternidade, e eliminar “qualquer custo relacionado com a gravidez e o parto”.

O relatório calcula que faltam 7,2 milhões de enfermeiros e médicos no mundo todo e revela que, em países como a República Democrática do Congo ou República Centro-Africana, “algumas mães têm que pagar para receber atendimento de emergência”.

Os números indicam que apenas 40% dos partos em áreas rurais dos países menos desenvolvidos são atendidos por profissionais qualificados, enquanto nas zonas urbanas este número pode chegar a 76%.

Na África Subsaariana, por exemplo, 51% dos partos são realizados sem assistência de profissional, enquanto no Sudeste asiático este número gira em torno de 41%. EFE

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