Mais de 11 mil bombardeios do regime sírio deixam 2.314 mortos em 2015

  • Por EFE
  • 05/05/2015 07h35
EFE Vista de uma explosão em Kobani

A aviação do regime sírio efetuou um total de 11.017 ataques, que causaram 2.314 mortes desde o começo de 2015 até o final de abril, segundo os últimos dados divulgados nesta terça-feira pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Dos mortos, pelo menos 1.606 eram civis: 369 menores de idade, 255 mulheres e 982 homens.

Além disso, pelo menos 708 combatentes de distintas brigadas rebeldes, assim como da Frente al Nusra, filial síria da Al Qaeda, e do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) perderam a vida.

A estas vítimas, se somam mais de 13 mil pessoas feridas pelos bombardeios.

Do total de ataques, 5.934 foram realizados com helicópteros militares, que lançaram barris de explosivos, enquanto 5.083 foram cometidos por aviões militares.

Os bombardeios ocorreram em 13 das 14 províncias sírias. A única que ficou a salvo é Tartus (noroeste), um dos redutos do presidente Bashar al Assad, onde apenas houve hostilidades durante estes quatro anos de conflito.

Em uma entrevista à rede de televisão britânica “BBC” em 10 de fevereiro, Assad negou que as forças armadas usem barris de explosivos de forma indiscriminada.

“Temos bombas, mísseis e balas. Não há bombas de barril, não temos (bombas) de barril”, assegurou o líder.

No ano passado, o Conselho de Segurança da ONU adotou uma resolução na qual pedia a todas as partes que “cessassem imediatamente os ataques contra civis”, os bombardeios indiscriminados de zonas povoadas e “o uso de barris de explosivos”.

O Observatório exigiu ao organismo internacional que obrigue as autoridades sírias a cumprir essa resolução e atribuiu ao Conselho de Segurança a responsabilidade pelo aumento dos ataques aéreos contra lugares residenciais nos últimos meses.

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