Mais de 460 pessoas foram executadas pelo EI na Síria nos últimos 30 dias
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) executou extrajudicialmente pelo menos 464 pessoas nos últimos 30 dias na Síria, o que eleva para 2.618 o número de assassinatos de indivíduos capturados desde a proclamação do califado em junho de 2014.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) explicou nesta quinta-feira (28) em comunicado que a apuração recente abrange o período entre 28 de abril e 28 de maio, em que metade das vítimas foram registradas na cidade de Palmira.
Entre os mortos há 149 civis, dos quais 14 são menores de idade e 13 são mulheres, segundo o OSDH, que também detalhou que 67 destas mortes ocorreram em Palmira.
As autoridades sírias dispõem de um número de mortos superior e afirmam que o EI decapitou pelo menos 400 pessoas, em sua maioria crianças, mulheres e idosos, em Palmira desde o dia 20 de maio, quando o grupo terrorista assumiu o controle da cidade.
O grosso dos executados extrajudicialmente são efetivos do Exército sírio e de milícias aliadas, 296 no total, enquanto o restante são combatentes rebeldes rivais ao EI.
Os motivos alegados pelos jihadistas para assassinar essas pessoas são variados: apostasia, luta contra o EI, espionagem e cooperação com o regime sírio, blasfêmia, tráfico de drogas e traição aos muçulmanos, entre outros.
O EI proclamou no final de junho de 2014 um califado nos territórios da Síria e do Iraque que controla e, apesar dos bombardeios da coalizão internacional, iniciados no dia 23 de setembro, vem conseguindo se expandir.
Há uma semana, o OSDH apontou que o EI já controlava mais de 50% do território sírio, o que equivale a 95 mil quilômetros quadrados, após seus recentes avanços na província central de Homs, onde fica Palmira.
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