Mais de mil jornalistas foram mortos desde 1992; relembre casos famosos

  • Por Jovem Pan
  • 26/08/2015 21h14
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Montagem com reprodução jornalistas mortos desde 1992

As imagens do assassinato de dois jornalistas percorream o mundo nesta quarta-feira (26). A apresentadora e repórter Alison Parker e o repórter cinematográfico Adam Ward foram mortos a tiros enquanto realizavam um matéria na Virgínia, nos EUA. O mais chocante no caso é que os dois foram mortos por um ex-colega de trabalho, Vester Lee Flanigan.

Crimes passionais, vinganças, queima de arquivo, ataque de extremistas religiosos. Apesar de chocantes e tristes, mortes de jornalistas não são raras.

A organização independente Committee to Protect Journalists cataloga todas as mortes envolvendo esse tipo de profissional. Desde 1992, são nada menos do que 1.141 mortes de jornalistas, sendo 43 somente no Brasil.

Relembre alguns casos famosos de jornalistas mortos:

– Tim lopes (Brasil)
Morto no dia 2 de junho de 2002, enquanto realizava reportagem sobre o abuso sexual de menores em bailes funks no Rio de Janiero. Sequestrado, o jornalista foi torturado e executado por traficantes liderados por Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco.

– Daniel Pearl (EUA/Paquistão)
Foi sequestrado e morto por terroristas daAl-Qaeda em 2002. Ele era repórter do The Wall Street journal e viajou ao Paquistão para investigar ligações do grupo terrorista. Na época, o vídeo de sua decapitação foi divulgado pelos próprios terroristas.

– Marisol Macias Castaneda (México)
A polícia encontrou o corpo da jornalista decapitado junto com um bilhete com a afirmação de que ela morreu por retaliação a suas postagens em redes sociais. Marisol trabalhava no jornal Primeira Hora, na cidade de Nuevo Laredo.

– Caso Charlie Hebdo (França)
Semanário francês foi alvo de um ataque terrorista no ínicio deste ano devido a uma publicação que caracterizava o profeta Maomé. Foram 12 mortos, entre eles os cartunistas Stéphane Charbonnier, o lendário Georges Wolinski, Jean Cabu e Bernard Verlhac. Após o atentado, uma marcha pela paz reuniu mais de 2 milhões de pessoas em Paris.

– Santiago Ilídio Andrade (Brasil)
Cinegrafista da TV Bandeirantes, foi morto em 2014 durante um protesto contra o aumento da tarifa de ônibus no Rio de Janeiro. Um rojão atirado por um manifestante atingiu Santigado na cabeça. Ele chegou a ser socorrido por colegas, mas não resistiu aos ferimentos. 

– Rasim Aliyev (Azerbaijão)
Após criticar um jogador de futebol em uma página na internet, o jornalista recebeu ameaças de um suposto primo do atleta. Pelo Facebook, eles marcaram um encontro para o pedido de desculpas. O homem apareceu com mais quatro indivíduos, que o espancaram.

– Gledyson Carvalho (Brasil)
O radialista foi morto durante uma transmissão ao vivo de uma rádio local da cidade de Camocim, no Ceará. Disfarçadas de anunciantes, duas pessoas entraram no estúdio e mataram o locutor a tiros. Conhecido como Amigão, Carvalho fazia frequentes denúncias de corrupção.

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