Mais de quatro agentes da CET são agredidos por mês por motoristas em SP

CET

Treze agentes de trânsito foram agredidos por motoristas neste ano, a maioria por discordância em aplicação de multas de zona azul, no centro de São Paulo.

Mas os casos foram registrados em todas as regiões de São Paulo. Situações que passam também por discussões no trânsito e chamada de guincho e incluem socos e agressões verbais.

O caso mais grave ocorreu recentemente, segundo o gerente de operações da CET, Milton Persolli, quando um marronzinho perdeu dois dentes quando fiscalizava vagas rotativas nas imediações do Hospital das Clínicas, zona oeste da cidade.

“O agente estava em movimento pela Avenida Enéas de Carvalho Aguiar. Logicamente o rapaz deveria estar em uma área proibida, ele já devia estar cometendo uma infração pra tomar esse atitude. Então, ele se dirigiu ao nosso operador e, durante a conversa, ele brutalmente agrediu o operador. Ele teve uma lesão média na boca, perdeu alguns dentes “, contou Persolli.

Se mantida a média, mais de 4 por mês, 2017 fechará com mais registros do que ao ano anterior, quando 49 agressões foram computadas. A CET quer impedir novos casos dando publicidade as agressões e as questões judiciais que elas implicam.

Outro caso que integra a estatística acabou viralizando na internet e já se tornou caso de polícia.

“Apareceu na internet um comerciante que, deliberadamente, despejou um balde d’água do andar superior na passagem de um agente de Zona Azul, indignado porque ele tinha sido autuado. Então, são atitudes que a gente repudia. E repudia também tomando uma atitude civil e criminalmente contra essa pessoa. O jurídico hoje está bastante empenhado, é aberto um processo individual para cada caso desse e a empresa move um processo civil e criminal”, disse o gerente da CET.

O uso de Guardas civis municipais para preservar a integridade dos agentes que operam o radar pistola – aquele que flagra motos em alta velocidade – segue nessa linha de raciocínio. De acordo com a CET, dez GCMs acompanham o trabalho dos marronzinhos diariamente nas marginais.

A Companhia reforça que a conduta inadequada dos agentes pode ser denunciada pelos canais de comunicação da empresa nas redes sociais, no telefone 156 e na ouvidoria da Prefeitura.

*As informações são da repórter Carolina Ercolin