Mais um preso político é libertado em Cuba

  • Por Agencia EFE
  • 08/01/2015 02h28

Havana, 7 jan (EFE).- O opositor Enrique Figuerola Miranda foi libertado nesta quarta-feira pelas autoridades de Cuba, se tornando o terceiro preso político a ser solto hoje na cidade de Santiago, no leste da ilha, conforme ele mesmo confirmou para a Agência Efe em uma conversa telefônica.

A libertação de Figuerola Miranda aconteceu algumas horas depois que os gêmeos Diango e Bianco Vargas Martín foram soltos, também em Santiago, que fica a cerca de 940 quilômetros da capital Havana. Os dois fazem parte do grupo dissidente União Patriótica de Cuba (Unpacu), que é liderado pelo opositor José Daniel Ferrer.

Figuerola Álvarez, de 36 anos, também ativista da Unpacu, estava preso desde 28 de julho de 2012 e cumpriu pena de dois anos e cinco meses de prisão acusado dos crimes de “atentado” e “desacato à autoridade” por filmar a prisão de várias pessoas na rua durante as festas de carnaval em Santiago de Cuba, explicou.

“Antes do fim do ano, as autoridades tinham me dito que eu seria libertado no início de janeiro de 2015 e na tarde de hoje fui libertado sem explicações”, relatou o dissidente.

Figuerola lembrou que sua pena terminaria no dia 27 de junho deste ano. O ativista afirmou que não está de acordo com a liberdade condicional, pois considera que corre o risco de que a mesma seja “revogada”, já que não foi inocentado da causa de seu encarceramento.

O dissidente detalhou que a carta de libertação que lhe foi entregue pelas autoridades indica que “este benefício implica em liberdade condicional por um período igual ao da pena que falta ser cumprida”.

Os irmãos Vargas Martín foram detidos em dezembro de 2013 e condenados em junho de 2014 a dois anos e meio de prisão pelos crimes de desacato, resistência, desordem pública e ameaça. Os dois foram libertados nesta quarta-feira quando faltavam cinco meses para cumprirem suas penas.

Tanto no caso de Figuerola como no dos irmãos Vargas não foi possível confirmar se suas libertações têm relação com o grupo de 53 presos políticos que o governo de Cuba se comprometeu a libertar como parte do acordo para a normalização das relações com os Estados Unidos, que foi anunciado no dia 17 de dezembro, já que a lista não é pública. EFE

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