Malásia investiga passageiros de avião que usavam passaportes roubados
Bangcoc, 10 mar (EFE).- O departamento de Imigração Malásia abriu uma investigação interna para tentar esclarecer como dois passageiros do avião da Malaysia Airlines, desaparecido no sábado, conseguiram embarcar com passaportes roubados, informou nesta segunda-feira a imprensa local.
O ministro do Interior, Ahmad Zahid Hamidi, disse que as pesquisas estão focadas no aeroporto de Kuala Lumpur, de onde saiu o voo MH370, que desapareceu as águas do Golfo da Tailândia.
Hamidi disse que não há explicações de como os agentes não observaram um passageiro italiano e outro austríaco com traços asiáticos.
O italiano Luigi Maraldi e o austríaco Christian Kozel aparecem na lista de 227 passageiros que viajaram de Kuala Lumpur para Pequim no sábado, mas nenhum dos dois estava nem na Malásia nesse dia.
A Interpol confirmou que eles tiveram os documentos roubados em 2013 e 2012, respectivamente, na Tailândia, onde as passagens eletrônicas foram compradas em uma única operação.
Ahmad Zahid disse que ainda é cedo demais para tirar conclusões e lembrou que não é fácil determinar a autenticidade de um passaporte porque nem todos os países utilizam sistema biométrico e código de barras como a Malásia.
Agências de inteligência de vários países participam da investigação, focada em esclarecer a presença de passageiros com passaportes falsos e um possível giro que o avião pode ter realizado sem que o piloto comunicar a torre nem enviar uma mensagem de alerta.
O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur às 00h41 (local, 13h41 de sexta-feira em Brasília) e a chegada em Pequim estava prevista para seis horas mais tarde, mas a aeronave perdeu o contato com a torre de controle de Subang às 01h30 (local).
O aparelho transportava 239 pessoas de 14 nacionalidades: 227 passageiros, incluídos dois menores, e uma tripulação de 12 malaios.
A lista oferecida por Malaysia Airlines contém 153 chineses, 38 malaios, 7 indonésios, 6 australianos, 5 indianos, 4 franceses, 3 americanos, 2 neozelandeses, 2 ucranianos, 2 canadenses, 1 russo, 1 italiano, 1 holandês, 1 austríaco e 1 taiwanês.
Austrália, China, Estados Unidos, Filipinas, Indonésia, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã colaboram no rastreamento do aparelho em uma área no sul da ilha vietnamita Tho Chu, onde se acredita que o Boeing 777-200 pode ter caído se não tiver mudado de rumo, segundo informações das autoridades da Malásia.EFE
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