Malásia rejeita críticas “injustas” por rejeitar embarcações com imigrantes

  • Por Agencia EFE
  • 18/05/2015 07h22

Bangcoc, 18 mai (EFE).- O presidente do Conselho de Segurança Nacional da Malásia, Shahidan Kassim, tachou nesta segunda-feira de “injustas” as críticas a seu país por rejeitar as embarcações com imigrantes, aos que assegurou que lhes ofereceu ajuda humanitária.

Cerca de 6.000 pessoas estão em botes à deriva no golfo de Bengala à espera de poder desembarcar em Tailândia, Malásia e Indonésia, segundo a ONU, que criticou estes três países por sua política de empurrar estas embarcações a mar aberto.

Shahidan assegurou que foi dada água, comida e combustível a estes navios para que continuem sua viagem, e que a Malásia descartou uma política de portas abertas para evitar uma onda de imigrantes no país.

Também disse que cerca de 45 mil rohingya com cartões do Alto Comissariado para os Refugiados da ONU (Acnur) já estão na Malásia, onde vivem 152 mil imigrantes ilegais.

“É injusto que a imprensa internacional diga que a Malásia não acolhe imigrantes. Se supõe que a Acnur deve fazer as gestões para enviar estes imigrantes a outros países, mas isto há anos que demora”, disse Shahidan, segundo o jornal “The Star”.

O responsável de segurança acrescentou que os rohingya não tentam chegar à Malásia como lugar de passagem, mas como destino final de sua viagem.

A Malásia prevê iniciar uma rodada de contatos com Tailândia e Indonésia para pressionar Mianmar, país de procedência de grande parte dos refugiados e dos navios que operam as redes de tráfico, mas que por enquanto se faz de desentendida da crise.

O governo birmanês atribui o problema ao tráfico de pessoas na Tailândia e se nega a aceitar os rohingyas, incluindo o uso do termo, já que os considera imigrantes ilegais de Bangladesh. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.