Malásia toma medidas extremas, diz embaixador da Coreia do Norte após expulsão
O governo da Malásia está tomando medidas extremas que podem causar grandes danos às relações bilaterais com a Coreia do Norte, afirmou nesta segunda-feira o embaixador Kang Chol, expulso do país por suas críticas à investigação sobre a morte do meio irmão do ditador norte-coreano.
Em conversa com jornalistas ainda em território malaio, Kang acusou o governo local de conspirar com os inimigos de Pyongyang e não respondeu à demanda de desculpas feito por Kuala Lampur. Ele defendeu seus comentários em relação à autópsia de Kim Jong Nam, afirmando que ela foi feita sem o consentimento do governo norte-coreano.
Separadamente, o primeiro-ministro malaio, Najib Razak, defendeu a decisão de expulsar o embaixador norte-coreano, afirmando que seu país estava “protegendo sua soberania e dignidade”.
“Nunca insultem nosso país ou tentem causar problemas aqui”, afirmou Razak, acrescentando que Kang foi declarado “persona non grata” no país.
Em um ataque que muitos consideram ter sido orquestrado pelo governo em Pyongyang, o irmão do ditador Kim Jong Un morreu menos de 20 minutos depois que duas mulheres borrifaram um líquido que continha o agente nervoso VX em seu rosto. As mulheres, uma vietnamita e uma indonésia, foram acusadas de homicídio.
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