Malta proíbe entrada em portos de navio com suspeito de ebola
Roma, 18 set (EFE).- O governo de Malta proibiu a entrada em seus portos do navio que tinha, pelo menos, um membro da tribulação com suspeita de estar com o vírus do ebola, informou nesta quinta-feira o primeiro-ministro Joseph Muscat.
A embarcação, com 21 pessoas a bordo, partiu de Guiné rumo à Ucrânia, mas se viu obrigada a pedir assistência médica às autoridades de Malta durante a noite passada, segundo a imprensa local. Muscat disse que há um membro da tripulação, de nacionalidade filipina, que está sofrendo com sintomas similares aos que provoca o vírus que afetou África Ocidental. Além disso, há indícios de que há outro caso a bordo.
“Nossa decisão é moral e legalmente correta”, assegurou Muscat em entrevista coletiva.
A imprensa italiana informou que, agora, o navio se dirige para à costa da Sicília, depois que teve a entrada em Malta negada.
O primeiro-ministro maltês informou que o paciente recebeu medicação, incluindo antibióticos, e explicou que a decisão de não deixar que a embarcação entrar em suas águas foi tomada após consultar todas as autoridades, incluindo a Justiça. Muscat lembrou que os acordos internacionais estabelecem que os países têm a obrigação de ajudar às pessoas necessitadas de assistência, sempre e quando não se ponham em perigo os sistemas de saúde do país e a segurança nacional.
“Poderia ser um alarme falso, mas estamos fazendo o moralmente correto ao tomar esta decisão porque não podemos pôr em perigo nosso sistema de saúde. Até porque não conhecemos a magnitude do problema. Não temos suficiente informação. Não podemos dizer se o capitão do navio está subestimando ou exagerando o problema”, insistiu.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) comunicou hoje que já são 2.622 mortos por ebola, principalmente na Libéria, Serra Leoa e Guiné. O número de infectados se eleva a 5.335, dos quais 2.710 correspondem somente à Libéria, onde 1.459 doentes morreram. EFE
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