Manifestação perto de palácio presidencial do Cairo termina com 26 presos

  • Por Agencia EFE
  • 21/06/2014 18h32
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Cairo, 21 jun (EFE).- Uma manifestação convocada pelos movimentos juvenis revolucionários perto do palácio presidencial de Itihadiya, no Cairo, terminou com 26 pessoas presas.

Um porta-voz do movimento 6 de abril, Mohammed Fouad, disse à Agência Efe que a manifestação foi convocada pelos principais grupos liberais que participaram dos protestos de 25 de janeiro de 2011, que derrubaram o então presidente egípcio, Hosni Mubarak.

Também participaram os que apoiaram a derrubada do presidente islamita, Mohammed Mursi, durante as manifestações de 30 de junho de 2013, que culminaram com o golpe de Estado de 3 de julho que derrubou Mursi e que foi liderado pelo atual chefe de Estado egípcio, Abdul Fatah Al Sisi.

Fouad acrescentou que há 20 pessoas estão desaparecidas. Ele estimou que pelo menos mil tenham participado da manifestação de hoje, que exigia a libertação dos atividades detidos nos últimos meses pelas autoridades egípcias.

“Hoje é o dia internacional dos presos políticos e nós também quisemos aderir à convocação para pedir que libertem nossos companheiros na luta pela democracia no Egito”, disse Fouad.

Fouad disse que enquanto gritavam palavras de ordem contra a lei de protestos aprovada pelo governo interino, os policiais irromperam na manifestação e começaram a pedir documentos para os participantes.

“A polícia nos atacou com armas e gás lacrimogêneo para nos dispersar, o que não compreendo porque entre nós não havia membros da Irmandade Muçulmana”, disse.

Desde a cassação de Mursi as autoridades egípcias perseguem seus seguidores e os ativistas que se opõem ao governo, e processaram vários deles com acusações como participação em manifestações não autorizadas ou de semear o caos. EFE

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