Manifestações por apoio a Kobani continuam na Turquia

  • Por Agencia EFE
  • 09/10/2014 05h14
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Ancara, 9 out (EFE).- As manifestações curdas contra a suposta passividade da Turquia perante o avanço do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no norte da Síria continuaram nesta quinta-feira, informou a imprensa turca.

As autoridades turcas decidiram estender até sexta-feira o toque de recolher na província de Diyarbakir, no sudeste do país, onde a universidade local continuará fechará até a segunda-feira. Apesar dos diferentes toques de recolher, os protestos continuaram em vários distritos de Diyarbakir e em diversas cidades de todo o país.

Em Istambul, pessoas não identificadas abriram fogo contra um grupo de manifestantes curdos e vários ficaram feridos, informou nesta quinta-feira o jornal “Milliyet”.

Um dos feridos de Istambul morreu pouco depois, enquanto em Adana, no sul do país, um homem morreu apunhalado durante uma briga depois de ser questionado por manifestantes se era ou não militante do EI.

Em Tarsus, uma cidade na província de Adana, uma viatura policial foi atacada e quatro agentes ficaram feridos. Na mesma cidade, manifestantes islamitas contrário aos curdos incendiaram a sede local do partido pró-curdo BDP.

No total, durante os três dias de manifestações, cerca de 170 policiais ficaram feridos nos confrontos com diferentes grupos de manifestantes. Em várias cidades o Exército turco mobilizou tropas e veículos blindados para controlar melhor os protestos.

Os turco-curdos exigem que Ancara ajude a cidade curda de Kobani, que é assediada pelo EI há 24 dias. O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, advertiu os manifestantes na quarta-feira que qualquer tipo de vandalismo não será tolerado.

O novo secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, chega nesta quitna-feira à Turquia, onde se reunirá com a cúpula do Estado, governo e Exército turco, incluindo o próprio Davutoglu e o presidente, Recep Tayyip Erdogan.

A imprensa turca informa uma suposta ameaça do Estado Islâmico contra a Turquia através de uma mensagem enviada pela rede social Twitter.

“A Turquia pagará um preço muito alto por participar da coalizão (contra o EI)”, afirma o grupo terrorista, que garante ter “milhares de células ocultas dentro da Turquia”. EFE

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