Manifestações programadas cancelam comemoração da Revolução Mexicana

  • Por Agencia EFE
  • 19/11/2014 21h23
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México, 19 nov (EFE). – As autoridades mexicanas anunciaram nesta quarta-feira o cancelamento do desfile comemorativo da Revolução Mexicana por conta das manifestações que serão realizadas amanhã para lembrar os 43 estudantes desaparecidos em Iguala, no estado de Guerrero.

O evento, com oito mil participantes, não acontecerá “para evitar contratempos com as diversas mobilizações programadas”, informou a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal em nota.

A comemoração da Revolução de 1910 é uma das maiores festas cívicas do país e há várias décadas o desfile é o principal evento, junto com a condecoração de militares feitas pelo presidente do México, Enrique Peña Nieto.

O desfile estava programado para acontecer na Zócalo, na Cidade do México, a principal praça do país, porém amanhã diversas passeatas lideradas por familiares e amigos dos jovens desaparecidos em 26 de setembro se reunirão no local. As arquibancadas instaladas para os espectadores, inclusive, já foram retiradas.

Já a cerimônia de ascensões das Forças Armadas, que normalmente ocorre no Palácio Nacional, próximo à praça, foi transferida para o Campo Militar Marte.

Fontes da Secretaria da Defesa confirmaram à Agência Efe o cancelamento do desfile. Contudo, um porta-voz da presidência contradisse e afirmou que não é esta a intenção.

Os legisladores da Assembleia de Representantes do Distrito Federal, cuja sede também fica nos arredores da praça, anteciparam a sessão de quinta-feira para hoje.

Três caravanas com parentes e alunos Escola Normal Rural de Ayotzinapa, que saíram há uma semana de Guerrero para percorrer o país, se encontrarão nesta quinta-feira na capital mexicana e liderarão os protestos para exigir justiça para os 43 jovens desaparecidos.

De acordo com integrantes do cartel Guerreros Unidos, os estudantes foram detidos por policiais na noite de 26 de setembro em Iguala e entregues a esse grupo criminoso, que se encarregou de assassiná-los.

A Justiça mexicana ainda os mantém com status de desaparecidos até que testes de DNA realizados em partes humanas achadas em um lixão na cidade de Cocula, vizinha a Iguala, confirmem tais afirmações. EFE

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