Manifestantes pedem saída de chefe de governo de Hong Kong até final do dia

Hong Kong, 2 out (EFE).- Os protestos a favor da democracia em Hong Kong continuaram nesta quinta-feira pelo quinto dia consecutivo e grupos de estudantes ameaçaram ocupar sedes e edifícios governamentais se o chefe do Executivo local, Leung Chung-ying, não renunciar até o final do dia.

A “revolução dos guarda-chuvas”, como está sendo chamado o movimento democrático, permanece reunindo milhares de manifestantes em quatro pontos da cidade. Ontem, dezenas de milhares de ativistas ofuscaram a celebração do Dia Nacional da China com protestos que concentraram o maior número de pessoas desde o início da ocupação das ruas.

Os estudantes pediram mais uma vez a renúncia do chefe do governo de Hong Kong, de acordo com exigência feita ontem por Lester Shum, vice-secretário da Federação de Estudantes de Hong Kong.

Shum disse que os ativistas estavam preparados para intensificar sua campanha de desobediência civil se Leung não deixasse seu cargo até o final do dia e, caso isso não ocorra, os manifestantes começariam a ocupar prédios públicos.

Ao longo da manhã de hoje não houve nenhum anúncio público do governo local nem das organizações líderes do movimento democrático.

Nas imediações dos gabinetes governamentais, zona tomada pelos “revolucionários dos guarda-chuvas”, a presença e atividade policial era mínima ao longo da manhã.

O número de pessoas que acampou na área durante a noite foi menor do que nos dias anteriores, mas conforme o dia vai transcorrendo mais pessoas vão se concentrando nas imediações dos edifícios governamentais e da zona financeira e em outros três pontos da cidade, especialmente famílias e turistas, aproveitado o segundo dia festivo por ocasião da festa nacional de 1º de outubro. EFE