Manifestantes protestam contra bombardeios em Gaza em frente à Casa Branca
Washington, 2 ago (EFE).- Milhares de manifestantes pró-palestina se reuniram neste sábado em frente à Casa Branca, na capital americana, para protestar contra os bombardeios de Israel em Gaza, ação qualificada por eles como “massacre”, e contra a “cumplicidade” dos EUA.
“Palestina livre, matar crianças é crime”, gritavam os cidadãos concentrados diante da residência presidencial americana, enquanto outros traziam bandeiras da Palestina e mostravam cartazes com fotografias dos civis palestinos mortos no conflito que já dura mais de três semanas.
Outros presentes no protesto criticavam a “cumplicidade” do governo americano perante o “massacre” israelense e também denunciavam a “ocupação” de Gaza por Israel, pedindo ao presidente Barack Obama “atuar”.
A manifestação, que reuniu associações procedentes de inúmeros países, foi organizada pelo grupo Answer Coalition, que se autodenomina como uma organização anti-bélica e anti-racista.
Segundo Answer Coalition, o número de manifestantes superou os 10 mil, tanto que a Polícia do Distrito de Columbia precisou fechar o trânsito de várias vias para garantir a segurança dos manifestantes.
“É um número excepcionalmente alto de manifestantes”, reconheceu Araz Alali, porta-voz da Polícia, em declarações ao jornal “Washington Post”, ao justificar o notável contingente policial.
Apesar da grande concentração de pessoas, as autoridades não reportaram incidentes e nem distúrbios, embora os ânimos tenham se acirrados após a chegada de um pequeno grupo de pessoas com bandeiras israelenses na Praça Lafayette, onde se encontra a Casa Branca.
O conflito, no qual Obama sublinhou em reiteradas ocasiões “o direito de Israel de se defender”, já deixou mais de 1.600 palestinos e 66 israelenses mortos.
Neste sábado, para esclarecer um mal entendido, no qual foi cogitado um possível fim da operação militar israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que o Exército continuará a operação Limite Protetor em Gaza “até conseguir seus objetivos” e que reorganizará suas forças na faixa “de acordo com as necessidades de segurança” de seu país. EFE
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