Manifestantes protestam contra governo e corrupção na Avenida Paulista

  • Por Agencia EFE
  • 06/12/2014 19h10

São Paulo, 6 dez (EFE).- Cerca de dois mil manifestantes protestaram neste sábado na Avenida Paulista, em São Paulo, contra o governo da presidente Dilma Rousseff e contra o escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras.

A passeata pela Avenida Paulista reuniu quase o mesmo número de manifestantes que os atos anteriores, quando Dilma venceu o segundo turno das eleições em outubro. Desta vez, a manifestação foi apoiada nas redes sociais por líderes da oposição, incluindo Aécio Neves, ex-candidato pelo PSDB à presidência.

Apesar de líderes opositores terem convocado o protesto na sexta-feira e impulsionado seguidores a engrossar a passeata, a manifestação não contou com a presença de figuras políticas.

Segundo a Polícia Militar, cerca de 800 pessoas se concentraram inicialmente em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), mas a aglomeração se dividiu em dois grupos.

A maioria dizia protestar unicamente contra a corrupção e cerca de 100 pessoas defendiam um golpe militar e carregavam cartazes exigindo a saída da presidente petista.

Um dos líderes do “Movimento Vem Pra Rua”, Rogério Chequer, esclareceu que o ato se limitou a um protesto contra a corrupção e a falta de ética dos políticos, e desautorizou qualquer manifestação em defesa de uma intervenção militar.

“Somos contra as ações do governo Dilma, que estão manchadas pela corrupção, pelo clientelismo e pela interferência entre os poderes. Defendemos uma investigação exaustiva de todas as irregularidades, punição aos culpados e que o governo seja mais eficaz com os gastos públicos”, explicou.

O empresário Ronaldo Luis Ferreira, um dos líderes do movimento que defende uma intervenção militar, disse que o golpe é a única forma de “tirar todos os políticos bandidos antes de convocar novas eleições”.

Os dois grupos protestaram principalmente contra a rede de corrupção que, segundo a polícia, se instalou na Petrobras e desvia os recursos da maior empresa do país. EFE

cm/vnm

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.