Mantega prevê recuperação “gradual” da economia brasileira

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2014 13h51
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Brasília, 14 mai (EFE).- O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira em uma audiência na Câmara dos Deputados que a crise internacional começou a ceder e apontou que com isso a economia brasileira se recuperará de forma “gradual” e crescerá neste ano cerca de 2,3%.

No entanto, previu uma “transição dolorosa” para a economia mundial e, especialmente, para os países mais desenvolvidos, que foram os mais impactados pela crise que explodiu em 2008.

Mantega reiterou que esta foi “a maior crise do capitalismo em anos” e ressaltou que “a boa notícia é que se está saindo dela”, apesar de ter alertado que “recuperação não será de um momento para o outro”.

Sobre a economia brasileira, disse que se percebe uma “melhora gradual” que está “em sintonia com a recuperação da economia mundial”. O ministro assegurou que o país seguirá a rota do crescimento com a inflação controlada.

Apesar de admitir que a economia brasileira se expandiu a taxas baixas nos últimos anos, argumentou que isso ocorre em “todo o mundo”.

Mantega citou os casos dos Estados Unidos, “que no ano passado tiveram um crescimento modesto de 1,9%”, e a desaceleração da economia da China. “Sem falar da Europa”, que em seu conjunto teve em 2013 um novo resultado negativo, acrescentou.

O ministro afirmou que as economias emergentes, como a brasileira, deram sinais de “força” após o início da redução dos estímulos nos Estados Unidos.

“Diziam que os países emergentes eram frágeis” e “houve quem chegou a decretar seu fim”, mas mesmo com a redução dos estímulos da economia americana estas nações deram mostras de que se mantêm “fortes”.

Mantega citou como exemplo o próprio Brasil e frisou que o real foi uma das moedas que mais se valorizaram nos últimos meses, e opinou que as economias emergentes seguirão entre as mais dinâmicas do mundo.

O ministro afirmou que o Brasil se mantém como um dos principais destinos dos investimentos externos, que desde 2011 se situam em torno dos US$ 60 bilhões, e garantiu que “permanecerão” nesse nível nos próximos anos. EFE

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