Marcado pela violência, Egito lembra terceiro aniversário de revolução

  • Por Agencia EFE
  • 25/01/2014 09h28
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Cairo, 25 jan (EFE).- O Egito lembra neste sábado o terceiro aniversário da revolução que em 2011 derrubou o então presidente, Hosni Mubarak, marcado por um ambiente violento e polarizado entre o exército e a Irmandade Muçulmana.

As autoridades convocaram os cidadãos a participar das celebrações, muitas das quais esperam confluir na praça Tahrir, no Cairo, transformada em um símbolo da revolução.

“Hoje sairemos à rua para pedir que se cumpram as reivindicações de 25 de janeiro e os pontos do roteiro proposto pelo exército”, disse à Agência Efe Mohammed Nabaui, porta-voz do Movimento Tamarrod.

Este grupo iniciou os protestos do último dia 30 de junho, que acabaram com a destituição, por meio de um golpe militar, do presidente Mohammed Mursi.

A expectativa é que a praça Tahrir receba os principais movimentos partidários do exército e seu máximo representante, o general Abdel Fatah al Sisi, além dos jovens revolucionários laicos, como os do Movimento 6 de abril.

Outras organizações, como o Partido Egípcio Social e Democrático, do primeiro-ministro Hazem al Beblaui, o salafista Nour e o Partido da Constituição, preferiram não sair às ruas para evitar enfrentamentos.

Por sua vez, a islamita Aliança em Defesa da Legitimidade, que inclui a Irmandade Muçulmana e outros grupos afines, continuará hoje seus protestos por todo o país no marco da convocação que lançaram esta semana.

Esta iniciativa terminará apenas no próximo dia 11 de fevereiro, quando se cumprirão três anos da renúncia de Mubarak.

A violência que marca este terceiro aniversário se vê refletida na explosão, esta manhã no Cairo, de uma pequena bomba que não causou vítimas nem grandes danos materiais, segundo disse à Agência Efe uma fonte de segurança, e pelos quatro atentados de ontem na capital egípcia que deixaram seis mortos e quase 100 feridos.

Estes quatro ataques foram reivindicados hoje em comunicado pelo grupo jihadista Ansar Bait al Maqdis, inspirado na Al Qaeda. EFE

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