Marcos Matsunaga morreu imediatamente após ser baleado na cabeça, afirma legista

  • Por Estadão Conteúdo
  • 02/12/2016 13h15
SP - CASO YOKI/JULGAMENTO - GERAL - Elize Matsunaga (e), de 34 anos, durante julgamento realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista, nesta quinta- feira, 01. Elize está presa desde 2012 por matar e esquartejar o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, herdeiro do grupo Yoki. O crime aconteceu no triplex onde o casal morava com a filha, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. 01/12/2016 - Foto: MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO MISTER SHADOW/ESTADÃO CONTEÚDO Elize Matsunaga AE

O empresário Marcos Kitano Matsunaga, herdeiro da Yoki, morreu imediatamente após ser baleado na cabeça, segundo afirmou aos jurados o médico legista Sami El Jundi, testemunha convocada pela defesa de Elize Matsunaga. A ré é julgada por homicídio triplamente qualificado, além de destruição e ocultação de cadáver. O crime aconteceu em 2012. O julgamento, que ocorre em São Paulo, chegou ao seu 5º dia nesta sexta-feira (2).

El Jundi atuou como assistente no exame de exumação feito nos restos mortais do empresário. Em seu parecer, o legista analisou o possível trajeto da bala. “Implica a destruição do bulbo. Há duas consequências: a parada de todas as funções neurológicas e a destruição do controle respiratório”, afirmou El Jundi. “Eu não tenho nenhuma dúvida pela morte cerebral. Para efeitos práticos, a morte foi instantânea.”

Segundo o legista, a munição usada por Elize é do tipo expansível, que aumenta o diâmetro do orifício provocado pelo tiro e também provoca maior impacto. “É um tipo de munição de defesa, o objetivo é pegar toda a energia cinética e descarregar no alvo.”

A interpretação de El Jundi diverge da análise feita pelo perito Carlos Alberto de Souza Coelho, que também atuou como assistente na exumação. Para Coelho, que depôs na quinta-feira (1°), Marcos não teve morte instantânea. O perito responsável pelo laudo do exame, Ruggero Bernardo Felice Giudugli, inicialmente chamado pela defesa, foi dispensado do julgamento.

Segundo El Jundi, também não é possível precisar a distância que o disparo foi feito sem exame laboratorial. Outros peritos disseram que o tiro foi dado à curta distância, já que o cadáver apresentava “tatuagem”, uma espécie de queimadura, na região da bala.

A exumação de Marcos Matsunaga foi feita à pedido da defesa, que alegou divergências no laudo necroscópico.

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