Marfim ilegal é encontrado em abundância em lojas na Tailândia, aponta ONG

  • Por Agencia EFE
  • 03/07/2014 10h14
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Bangcoc, 3 jul (EFE).- O marfim ilegal africano e asiático é vendido em grandes quantidades nas joalherias e lojas de lembranças da Tailândia, onde é camuflado com o de procedência legal, segundo um relatório da ONG Traffic.

“A Tailândia tem um dos maiores mercados não regulados de marfim e se destaca como um dos países mais problemáticos no tráfico ilegal de marfim”, indica a ONG no relatório “Polindo o marfim: Pesquisa sobre o mercado do marfim na Tailândia”.

A organização indicou que as lojas que vendem marfim em Bangcoc passaram de 61 em janeiro de 2013 a 105 em dezembro desse mesmo ano, enquanto a venda passou desde 5.715 a 14.512 peças nesse período.

A Tailândia conta com uma lei que permite a venda de marfim procedente dos elefantes domésticos no país.

Segundo Traffic, a falta de controle permite que nas joalherias e lojas do país aproveitem para misturar com esta mercadoria legítima objetos de marfim procedentes do tráfico ilegal, sobretudo procedente da África ou outras partes da Ásia.

Na Tailândia, há cerca de 1.230 elefantes machos adultos em cativeiro que produzem cerca de 650 quilogramas de marfim anualmente, “uma quantidade consideravelmente insuficiente comparado com o que se observa nos mercados de Bangcoc”, segundo o relatório.

Pelo menos 20 mil elefantes africanos foram caçados ilegalmente em 2013 para satisfazer a crescente demanda do mercado asiático de produtos realizados com marfim.

Traffic e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) reivindicam ao governo da Tailândia a suspensão do mercado doméstico de marfim até que as autoridades possam “aplicar as leis” contra o contrabando internacional. EFE

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