Marina afirma que pretende desenvolver “agenda da sociedade” em 4 anos

  • Por Agencia EFE
  • 22/08/2014 20h22
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São Paulo, 22 ago (EFE).- A candidata presidencial Marina Silva (PSB), afirmou nesta sexta-feira que seu programa de governo está projetado para ser uma “agenda da sociedade” e não partidária e, por isso, trabalhará para desenvolvê-lo em um mandato de quatro anos, sem pensar em uma eventual reeleição.

“Meu mandato é de quatro anos, pois o que queremos é mudar o Brasil e que o governo possa ser colocado a serviço dos brasileiros. Isso vai ser bom para o PSB, para a sociedade e inclusive para aqueles que não compreendem este momento de estagnação e polarização de seus partidos”, disse Marina.

A ex-ministra do Meio Ambiente deu uma entrevista coletiva na sede da coordenação campanha em São Paulo, após uma reunião com líderes partidários prévia ao primeiro ato público como candidata oficial, que será realizado neste sábado no Recife, berço político de Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em 13 de agosto.

Campos, ex-governador de Pernambuco, morreu junto com outras seis pessoas quando a aeronave que os transportava do Rio de Janeiro até o Guarujá, em São Paulo, caiu na cidade de Santos minutos antes de aterrissar.

“Hoje, 80% dos brasileiros querem mudanças e nosso programa está praticamente pronto para isso”, destacou Marina.

A candidata adiantou que em 29 de agosto, também em São Paulo, os líderes do PSB e da Rede Sustentabilidade, o partido criado pela ex-ministra e que não conseguiu o aval da Justiça eleitoral para lançar sua própria candidatura, voltarão a se reunir para traçar as diretrizes finais da campanha.

Por outro lado, Marina minimizou a importância das mudanças no quadro de coordenadores da campanha e argumentou que foi uma decisão conjunta entre o PSB e ela, para incluir pessoas de sua confiança após passar de aspirante à vice-presidência na chapa de Campos a assumir a titularidade da candidatura.

Marina comentou que respeitará as propostas construídas por Campos como a educação escolar em tempo integral, creches, passagem de graça para estudantes e melhorias na saúde e na segurança públicas.

Sobre a campanha em São Paulo, Marina reiterou que não participará dos atos nos quais o PSB apoia candidatos de outros partidos para o governo do estado e assim sua candidatura será representada pelos deputados Beto Albuquerque, aspirante a vice-presidente, e Luiza Erundina, nova coordenadora da campanha.

Quanto à sua posição ideológica contrária ao modelo da agroindústria, Marina assinalou que não trata o setor de “maneira homogênea” e assegurou que “é possível aliar a ecologia e a agricultura com tecnologia para o rendimento e a produtividade”. EFE

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