Marina Silva vota confiante em avançar ao segundo turno das eleições

Rio Branco (AC), 5 out (EFE).- A candidata à presidência Marina Silva votou neste domingo em seu estado natal, o Acre, confiante de que disputará o segundo turno das eleições no próximo dia 26 de outubro contra a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, apesar de ter caído para o terceiro lugar nas últimas pesquisas.

“Estou confiante que estarei no segundo turno se Deus e o povo brasileiro quiserem”, declarou Marina após a votação na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) da capital do Acre.

As pesquisas divulgadas no sábado apontam que Dilma tem 40% das intenções de voto. Aécio Neves chegou a 26%, empatado tecnicamente com Marina, que tem 24% da preferência do eleitorado.

Foi a primeira vez que o candidato do PSDB apareceu na segunda colocação desde que a ex-senadora entrou na disputa, em agosto, após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Apesar de sua queda, Marina afirmou que o “desejo de mudança nos levará ao segundo turno” e evitou falar sobre um possível apoio a Aécio em caso de derrota.

“O segundo turno se discute no segundo turno. Vamos ganhar, ganhando, coerentes com os nossos princípios”, afirmou a ex-ministra do Meio Ambiente, que disse que os adversários se uniram para atacá-la.

“Não entrei no jogo sujo do debate. Não vale fazer qualquer coisa a qualquer preço”.

Em um eventual segundo turno, Marina avaliou que a disputa será mais equilibrada porque as campanhas terão o mesmo tempo no rádio e na televisão. Por causa das alianças partidárias, a candidata do Partido Socialista Brasileiro (PSB) teve menos espaço que seus rivais na propaganda eleitoral gratuita.

Marina, após lembrar da assinatura da aliança entre a Rede de Sustentabilidade e o PSB há um ano, disse que aposta em sua “trajetória de vida”, no seu “melhor discurso”, sustentado em “um programa decidido por todos os brasileiros”.

“Quem vai ganhar não serão as velhas estruturas do marketing e mentira”, ressaltou a candidata, que recordou mais uma vez o seu passado de lutas junto ao assassinado líder ecologista Chico Mendes.

Respondendo mais uma vez às acusações de seus adversários, Marina negou que acabará com os atuais programas sociais do governo.

“As conquistas sociais não são favores, são direitos”, defendeu.

As 450 mil sessões eleitorais instaladas no país para 142,8 milhões de eleitores estão abertas até às 17h (horário de Brasília).

No entanto, por causa dos diversos fusos horários existentes no Brasil, há estados que a votação será encerrada duas horas depois.

A partir da conclusão do processo, poderão ser divulgadas pesquisas de boca de urna. O Tribunal Superior Eleitoral também começará a divulgar os primeiros resultados oficiais. EFE

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