Marrocos prende e expulsa ativistas do Femen que fizeram topless em Rabat
(Atualiza com a decisão de expulsar as ativistas).
Rabat, 2 jun (EFE).- O Marrocos decidiu “expulsar de maneira imediata” as duas ativistas francesas do movimento Femen que tiraram fotos de topless nesta terça-feira em Rabat para protestar contra a situação dos homossexuais neste país e que foram detidas.
Em comunicado, o Ministério do Interior anuncia que se decidiu pela expulsão imediata das cidadãs francesas, que também foram proibidas de voltar a entrar no Marrocos.
Pouco antes, um comunicado da Direção Geral da Segurança Nacional (DGSN) enviado à agência marroquina “MAP” informava da detenção das duas mulheres – de nacionalidade francesa e de 25 e 30 anos – no aeroporto de Rabat-Salguei quando se preparavam para viajar à França.
A nota indica que as mulheres se fotografaram “com o tronco do corpo desnudo neste lugar de culto e desfraldando um slogan que atenta contra a moral pública”.
Em vários vídeos e fotografias que circulam pelas redes sociais e sites de jornais, as duas mulheres aparecem se beijando diante da Torre Hassan, um dos principais monumentos da cidade e muito visitado pelos turistas.
As duas ativistas também escreveram em seus corpos a frase “In Gay we trust”, trocadilho que subverte o lema americano “In God we trust” (Confiamos em Deus).
As reações não demoraram em aparecer na imprensa local e jornais como o “360.ma” consideram que as ativistas se equivocaram de “direção e combate” ao escolher um lugar de culto muçulmano para realizar um espetáculo que pode ferir a sensibilidade de muitas pessoas. EFE
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