Marroquinos que tentavam se incorporar à jihad na Líbia são detidos
Rabat, 19 fev (EFE).- A polícia marroquina deteve nesta quinta-feira em Uxda (leste do país) e Casablanca três extremistas que tratavam de se incorporar à jihad na Líbia, segundo informou o Ministério do Interior marroquino.
Os três detidos eram controlados há muito tempo pela direção geral de vigilância do território (espionagem interno), que comprovou sua intenção de se somar às fileiras do chamado Estado Islâmico no país norte-africano “após a chamada do autoproclamado califa Abu Bakr al Bagdadi”.
Os detidos, dos quais não há muitos detalhes, eram originais de Sidi Benur (oeste do país) e tinham relação com outra célula desmantelada recentemente e apresentada à Justiça em 31 de dezembro.
A detenção de células jihadistas com planos para viajar à Síria e Iraque é corrente no Marrocos, mas esta é a primeira vez, pelo menos oficialmente, que se desmantela uma célula com o objetivo específico de fazer a guerra na Líbia.
O Ministério do Interior afirma neste sentido que “é óbvio, após um acompanhamento da situação no cenário líbio, que este se transformou em destino dos combatentes” marroquinos do EI.
O comunicado lembra que o EI “deixou clara sua intenção de se expandir aos países do Magrebe árabe através da Líbia no marco de sua estratégia jihadista global e além da fronteira”.
O Marrocos sempre ressalta que os jihadistas detidos têm um duplo objetivo: por um lado, se somar à guerra em algum “foco de tensão” (Síria, Iraque ou Mali), e por outro, preparar atentados em seu próprio país contra lugares vitais.
O último atentado terrorista perpetrado no Marrocos foi em uma cêntrica praça de Marrakech em 2011, no qual morreram 17 pessoas, em sua maioria turistas europeus. O autor do atentado foi condenado à morte. EFE
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