Martin Dempsey passa chefia do Estado-Maior Conjunto dos EUA a John Dunford

  • Por Agencia EFE
  • 26/09/2015 00h41
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Washington, 25 set (EFE).- O presidente dos EUA, Barack Obama, aplaudiu nesta sexta-feira os anos de serviço do general Martin Dempsey, que hoje cedeu a chefia do Estado-Maior Conjunto ao também general de Infantaria da Marinha John Dunford.

Dempsey, que também recebeu hoje sua aposentadoria com honras do exército, deixa o posto mais importante na hierarquia militar americana após quatro anos de trabalho, nos quais foi um dos mais próximos assessores do presidente durante a crise na Síria, no Iraque e no Norte da África.

Obama disse que Dempsey foi um conselheiro e um “amigo” cuja “sabedoria e visão” sempre foi considerada na hora de tomar decisões de segurança nacional.

O líder americano afirmou que graças a Dempsey os Estados Unidos fortaleceram alianças com parceiros na Europa e na Ásia, além de intensificar a luta contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI) e grupos terroristas na África.

Obama também aproveitou o discurso para lembrar ao Congresso dos EUA que não se pode permitir um fechamento do governo por desacordos políticos, o que afetaria “a preparação militar e não é bom para nossos militares, suas famílias e para o país”.

“Há mais desafios neste mundo em transformação. Temos que enfraquecer e destruir o EI, o restante da Al Qaeda e as redes terroristas no mundo todo. Temos que adaptar nossa defesa ao século XXI e dar a nossas tropas o apoio que precisam”, afirmou o presidente.

Dempsey se aposenta após mais de 40 anos na carreira militar e de ter sido chefe do exército, comandante interino do Comando Central e comandante do Comando de Transição no Iraque entre 2007 e 2008.

O general foi criticado por importantes senadores republicanos, como John McCain, por não ter dado uma resposta mais decisiva contra o EI no Iraque e na Síria.

Seu substituto, Dunford, de 59 anos, foi entre 2013 e 2014 o responsável de travar a guerra mais longa da história dos Estados Unidos de seu posto de comandante das forças aliadas da missão multinacional do Afeganistão (Isaf).

Além disso, o general foi um dos principais líderes na invasão do Iraque em 2003, na qual participou da tomada de Bagdá e ganhou o apelido de “Fighting Joe” (“Joe, o Lutador”). EFE

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