Mau tempo complica operações de resgate fora de Katmandu, afirma ministro
Katmandu, 28 abr (EFE).- O Ministro de Conservação do Solo e das Florestas do Nepal, Manesh Acharya, disse nesta terça-feira à Agencia Efe que as condições meteorológicas ruins em grande parte das áreas afetadas pelo terremoto de magnitude 7,8 que devastou o Nepal no último sábado complicaram muito os trabalhos de resgate fora de Katmandu, capital do país.
Segundo o ministro, helicópteros MI 17 enviados pela Índia não conseguiram chegar às zonas mais prejudicadas por causa do mau tempo. Acharya evitou também fazer estimativas sobre o número total de mortos pela tragédia, que segundo o último balanço oficial divulgado hoje chegou a 4.349.
“Nossa prioridade neste momento é encontrar pessoas soterradas e resgatá-las (…). Para nós, o resgate é muito mais importante que os números”, disse o ministro, que reconheceu que o país não estava preparado para um desastre desse porte.
O primeiro-ministro do país, Sushil Koirala, admitiu ontem durante um encontro com representantes dos partidos políticos nepaleses que as operações de busca e resgate não foram efetivas até então, afirma o jornal local “Kantipur”.
De acordo com Koirala, o governo está recebendo pedidos de ajuda de todo o país, mas é incapaz de dar a resposta adequada devido ao corte das comunicações e a falta de preparação das equipes.
A oposição também lamentou a ineficácia da resposta do governo ao terremoto e pediu o envolvimento de todos no país para atender às necessidades da população.
O terremoto de sábado foi o de maior magnitude registrado no Nepal em quase 80 anos, além de ter sido o pior que atingiu a região desde 2005, quando um tremor matou mais de 84 mil pessoas na Caxemira, na vizinha Índia. EFE
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