Mau tempo dificulta busca de vítimas de naufrágio na Coreia do Sul
Seul, 26 abr (EFE).- As condições meteorológicas dificultaram neste sábado os trabalhos de busca de vítimas do naufrágio da embarcação Sewol, com o que o número provisório de mortos confirmados subiu para 187 enquanto outras 115 pessoas seguem desaparecidas.
Devido a fortes correntes e ondas na área onde se encontra o navio, os mergulhadores só conseguiram recuperar nas últimas horas mais quatro corpos, quando já se completam dez dias da tragédia, informaram as autoridades sul-coreanas.
Uma centena de guardas litorâneos, mergulhadores militares e civis continuam hoje com as operações de busca, centradas agora nos camarotes do terceiro e quarto andar do navio, onde acredita-se que está presa a maior parte das vítimas, segundo a agência “Yonhap”.
O mau tempo também atrasou o uso de uma câmara de ar submarina nos trabalhos de resgate, um equipamento que permite aos mergulhadores permanecer mais tempo sob a água e que se transformou no último objeto de polêmica entre os familiares das vítimas e as autoridades sul-coreanas.
Os familiares, que tinham solicitado expressamente que se empregasse este sistema, criticaram que demorasse tanto tempo em chegar e culparam pelo atraso uma empresa de segurança privada que participa das operações de busca.
Representantes de próximos das vítimas também criticaram a Marinha e a Guarda Costeira sul-coreana por realizar as operações de resgate de forma “opaca” e “descoordenada”, de acordo com a “Yonhap”.
Após o naufrágio do Sewol, no dia 16, apenas 174 pessoas foram resgatadas, todas elas nas horas posteriores ao acidente, do total de 476 pessoas que viajavam de Incheon (no noroeste do país) até a turística ilha meridional de Jeju.
Dos passageiros do barco 325 eram estudantes de 16 e 17 anos de um instituto de Ansan, na periferia de Seul, que realizavam uma viagem escolar. EFE
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