Médica morre de ebola na Nigéria e se torna 5ª vítima fatal da doença no país
Nairóbi, 20 ago (EFE).- Uma médica nigeriana, que participou do tratamento do americano que faleceu no final de julho pelo vírus do ebola em Lagos, também morreu em função da doença, e desta forma o número de vítimas da enfermidade no país chegou a cinco pessoas.
“Com este infeliz acontecimento, o número total de mortos por ebola na Nigéria aumentou para cinco”, anunciou o ministro da Saúde, Onyebuchi Chukwu, citado hoje pelo jornal “The Vanguard”.
A vítima, Ameyo Stella Adadevoh, morreu ontem após contrair o vírus ao tratar o americano Patrick Sawyer, que viajou para a Nigéria da Libéria e se tornou a primeira vítima fatal do vírus em território nigeriano.
“Os outros dois pacientes (de ebola) que atualmente estão sob tratamento em centros de isolamento estão estáveis”, explicou o ministro.
As autoridades sanitárias nigerianas seguem de perto a situação para evitar que o vírus se expanda no país mais populoso da África.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a transmissão do vírus está contida na Nigéria, onde foram registrados quinze contágios e cinco mortes.
“A situação em Lagos, Nigéria, onde o primeiro caso importado (de um viajante que chegou em avião da Libéria) foi detectado em julho, parece encorajadora”, afirmou ontem a OMS em um comunicado.
Além disso, as autoridades nigerianas anunciaram recentemente que um dos médicos que tratou Sawyer se recuperou “totalmente” do vírus e já recebeu alta.
Segundo a última apuração da OMS, desde março a epidemia matou 1.229 pessoas e infectou 2.240 na África Ocidental.
O ebola, que é transmitido por contato direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%.
Esta é a primeira vez que se identifica e se confirma uma epidemia de ebola na África Ocidental, pois até agora os surtos da doença tinham ocorrido na África Central. EFE
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