Médicos aprovam primeira eutanásia a paciente com câncer na Colômbia
Bogotá, 2 jul (EFE).- A junta médica da Clínica Oncologistas do Ocidente, da cidade de Pereira, na Colômbia, autorizou nesta quinta-feira a realização da primeira eutanásia do país a um idoso com câncer terminal, que há poucos dias teve o tratamento suspenso pelo próprio hospital por supostos vazios legais.
Ovidio González, de 79 anos, tem um agressivo câncer no rosto e sua doença já não pode ser combatida com medicamentos. O hospital, que desenvolveu todo o procedimento legal, autorizou hoje o procedimento, depois que na semana passada uma reunião para decidir o caso foi cancelada, conforme denunciou o filho do paciente, Julio César González, no domingo.
Julio é um famoso cartunista colombiano, conhecido como “Matador”, e relatou a imprensa que um médico “alegou que para cumprir esse direito o doente ele deveria estar completamente prostrado, e da forma como está poderia viver algum tempo”. Perante a polêmica que o caso gerou no país, o Ministério da Saúde determinou ontem que instituições e profissionais da área médica acompanhassem os procedimentos estabelecidos para aplicar a “morte antecipada com alto sentido humanitário”.
“A aplicação do procedimento de morte assistida está devidamente regulamentado no país e estabelece a aplicação de um processo detalhado que deve ser cumprido”, esclareceu o órgão.
A regulamentação da eutanásia assinada em 20 de abril pelo Ministério da Saúde seguindo um pedido da Corte Constitucional.
Sobre os motivos para suspender a eutanásia a Ovidio, o Ministério explicou que “aparentemente se apresenta uma divergência entre o conceito do médico que o trata e o médico integrante do comitê científico interdisciplinar para o direito a morrer com dignidade”. EFE
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