Médicos da seguridade social do Peru voltam a atender após 23 dias de greve

  • Por Agencia EFE
  • 04/06/2014 13h57

Lima, 4 jun (EFE).- Os médicos da seguridade social do Peru suspenderam nesta quarta-feira a greve que já durava 23 dias após acordos com as autoridades do governo para que seja aplicada uma série de reformas nesse sistema de saúde.

A presidente do sistema de seguridade social EsSalud, Virgínia Baffigo, confirmou a informação e pediu aos assegurados que reprogramem as consultas que foram perdidas durante a greve.

Baffigo disse aos jornalistas que será implementado um plano de contingência para atender as consultas e serviços postergados, tanto nos hospitais da seguridade social como no sistema municipal de saúde e em clínicas privadas.

Os médicos do EsSalud aceitaram pôr fim à greve que começou em 13 de maio para exigir que fossem cumpridos acordos pactados em agosto de 2013, a aplicação de uma nova escala salarial e a inclusão na reforma do sistema de saúde.

“Finalmente colocamos o ponto final. O que queremos é participar não da gestão, mas da reestruturação (do EsSalud)”, disse o dirigente dos médicos Luis Ríos Galdo.

Segundo o dirigente, as autoridades aceitaram outorgar uma bonificação para os especialistas que trabalham no interior do país e implementar uma escala salarial que, segundo disse, tinha “sido postergada por 20 anos”.

Galdo acrescentou que a greve não foi encerrada, mas suspensa, como uma amostra de confiança nos oferecimentos das autoridades e “para poder realizar tanto operações como consultas em espera”.

Baffigo confirmou à emissora local “América Televisión” que foi aproveitada a política de remunerações da instituição “de maneira que os médicos acordaram suspender a paralisação”.

Apesar deste acordo, um grupo de médicos da Federação Médica Peruana (FMP) mantém sua paralisação nos hospitais estatais, já que o governo ainda não atende seu pedido de aumento de salário.

O Ministério da Saúde assinalou que no ano passado já acordou um aumento de salários com os médicos da FMP e anunciou que seu novo pedido é “inviável”, pelo menos até 2015.

Os médicos do EsSalud e da FMP iniciaram sua greve após assegurar que o governo tinha descumprido uma série de acordos fechados em agosto passado, quando aconteceu outra paralisação. EFE

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