Médicos retiram com manjericão larva em olho de adolescente no Peru

  • Por Agencia EFE
  • 04/06/2015 21h03

Lima, 4 jun (EFE).- Uma equipe de médicos do Instituto Nacional de Saúde da Criança (INSN) de Lima, extraiu com folhas de manjericão uma larva de mosca de ovelha de três centímetros de comprimento, que ficou hospedada durante quase um mês no olho de um adolescente, informou nesta quinta-feira à Agência Efe a oftalmologista Carolina Marchena, que dirigiu a intervenção.

A larva foi extraída em uma operação realizada na quarta-feira com o uso da medicina tradicional, sem a necessidade de cortes próximo ao olho esquerdo do paciente, de 16 anos, que foi diagnosticado com “Dermatobio hominis”, a mosca-varejeira, pouco frequente, mas com antecedentes em áreas tropicais do Brasil.

“Para evitar um corte em uma parte delicada do rosto que deixaria uma cicatriz, tentamos tirá-la pelo duto onde a larva estava. Usamos manjericão para fazê-la sair por essa via porque, como vive na floresta, se alimenta de vegetais, e o manjericão a estimularia a sair pelo cheiro”, explicou Marchena.

O oftalmologista explicou que as folhas do manjericão foram colocadas no pescoço e ao redor do olho do paciente e esfregadas para que seu cheiro fosse mais intenso.

“Com isso, saiu imediatamente o verme, mas foi difícil extraí-lo porque ao princípio se escondia e depois, quando o pudemos agarrar com a pinça, era bastante grande e houve resistência”, relatou.

Se permanecesse no olho do adolescente, a larva poderia ter causado um abscesso cerebral e até a morte ao jovem, que vive na cidade de Pozuzo, na província Oxapampa, localizada na selva do país, dentro da região de Pasco.

Marchena revelou que a larva cresceu no interior do olho depois de o adolescente sofrer a picada de um mosquito que levava nas patas ovos da varejeira, e um deles entrou no olho, “formando um enorme verme”.

“Essas larvas costumam aparecer em braços e pernas, e são retiradas com acetona, mas é incomum aparecer no olho”, destacou Marchena.

A médica do INSN indicou que o paciente não sofreu danos permanentes na vista, apesar de a larva ter se alimentado de parte do tecido do olho. EFE.

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