Meios públicos de comunicação da A. Latina discutem independência editorial

  • Por Agencia EFE
  • 25/06/2015 17h06
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Bogotá, 25 jun (EFE).- Com o propósito de trocar experiências bem-sucedidas sobre financiamento e independência editorial começou nesta quinta-feira em Bogotá o VI Fórum Latino-americano de Meios Públicos, que reúne mais de 30 especialistas, pesquisadores, acadêmicos, analistas, diretores e produtores de todo o continente.

“Este é o espaço propício para a troca de opiniões, de experiências positivas nos diversos países e também é um lugar onde podemos discutir temas práticos de intercâmbios entre os meios públicos” da região, disse a ministra de Cultura da Colômbia, Mariana Garcés, durante a inauguração do evento.

A imprensa pública deve conseguir autonomia financeira e independência editorial, pois em geral é vista como órgãos de propaganda dos governantes de turno e seus orçamentos, e em algumas ocasiões, dependentes da vontade deles.

Assim como devem “incorporar as minorias”, devem buscar que seus conteúdos cheguem “as maiorias”, acrescentou.

“Desde o Estado se deve estar a par dos avanços tecnológicos e de ser inovadores para garantir a qualidade e a cobertura”, sustentou.

Por sua vez, o gerente da Rádio Televisão Nacional da Colômbia (RTVC), John Jairo Ocampo, disse à Agência Efe que os meios públicos de comunicação têm um “papel fundamental e estratégico no fortalecimento da democracia ao promover o livre pensamento”.

Segundo disse, estes devem priorizar os gêneros e conteúdos que os canais privados não incluem em sua agenda, como programas de debates e de opinião.

Ocampo acredita que um dos maiores desafios deste setor é migrar para a era digital com a utilização de multiplataformas.

“Hoje as crianças infelizmente não estão ligadas na televisão, mas no tablet”, destacou Ocampo, que sustentou que a Colômbia trabalha para iniciar coproduções binacionais com países da região.

Por isso ressaltou a importância de este fórum encontrar fórmulas a partir das experiências dos diversos países latino-americanos para ajudar a definir o futuro dos meios públicos de comunicação.

A ministra Garcés exemplificou a integração dos meios estatais com a realização de documentários filmes sobre festas tradicionais por parte de cada um dos 12 países da União de Nações Sul-americanas (Unasul) transmitidas pela televisão pública das nações membros.

Na Colômbia o sistema de meios públicos maneja um orçamento anual de perto de 190 mil milhões de pesos (US$ 74 milhões).

O país andino possui oito canais regionais, dois nacionais e emissoras radiais, que têm penetração de 92% no território nacional.

Este encontro é promovido pelo Banco Mundial e é realizado desde 2011 em parceria com meios e instituições de diversos países para promover a reflexão e a troca de experiências “sobre os papéis, desafios e desafios dos meios públicos como cenários para o desenvolvimento e a cidadania”. EFE

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