Meirelles diz que espera recuperação da arrecadação com a retomada da economia
![Elza Fiuza/Agência Brasil](https://jpimg.com.br/uploads/2017/04/1586511244-ministro-da-fazenda-henrique-meirelles-abr.jpg)
No dia em que a Receita Federal divulgou uma queda real anual de 10,12% na arrecadação de agosto, que foi a pior para o mês desde 2009, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que existe uma tendência de recuperação desse recolhimento, em meio à esperada retomada da economia. Durante a premiação Estadão Empresas Mais em São Paulo, ele apontou que, historicamente, no Brasil, quando a atividade está acelerando, a arrecadação cresce mais do que o Produto Interno Bruto (PIB), mas, quando a atividade começa a perder força, a arrecadação cai mais do que o PIB.
“Temos perspectiva de crescimento no final desse ano, começo do próximo. As estimativas para o PIB, em 2017, estão gradualmente sendo cada vez mais elevadas. Teremos uma recuperação da arrecadação”, comentou.
Meirelles explicou que a proposta de ajuste do governo tem como centro uma redução gradual, mas duradoura dos gastos, e também um aumento de receita temporário via privatizações e concessões, além de outros fatores extraordinários.
“No Brasil, nós tivemos várias vezes estratégias de contenção temporária dos gastos, inclusive via atraso de pagamentos e corte de investimentos. E também muitas vezes com uma elevação permanente de carga tributária. Agora nós não falamos em cortes de despesas drásticos e não sustentáveis”, afirmou.
O ministro explicou que, a partir de 2011, com a adoção da chamada Nova Matriz Econômica, houve uma forte expansão dos gastos públicos, além de limitação de juros e controle artificial de preços, com o objetivo de fazer a economia crescer acima do seu potencial. “Agora, chegou o momento do ajuste”.
Meirelles afirmou que, agora, a possibilidade de crescimento da economia brasileira começa a se concretizar, mas que, para isso se manter, é preciso aprovar a PEC dos gastos e a reforma da Previdência. “A reforma da Previdência é importante para conter despesas e também para melhorar a produtividade”, salientou.
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