Meirelles: prioridade é restauração do equilíbrio fiscal e cumprimento da meta

  • Por Estadão Conteúdo
  • 30/03/2017 12h11
BRA01. BRASILIA (BRASIL), 24/05/2014.- El ministro de Hacienda de Brasil, Henrique Meirelles, participa de una rueda de prensa en el Palacio de Planalto en Brasilia (Brasil) hoy, martes 24 de mayo de 2016, para anunciar las medidas que el Gobierno brasileño enviará al Congreso con la intención de limitar el crecimiento del gasto público, entre otras medidas para recuperar la economía del país, que enfrenta una grave recesión. EFE/FERNANDO BIZERRA JR EFE/FERNANDO BIZERRA JR Henrique Meirelles - EFE

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reafirmou nesta quinta-feira, 30, ao chegar para a audiência pública na Comissão Especial da Reforma da Previdência, na Câmara dos Deputados, que a prioridade do governo é a restauração do equilíbrio fiscal e o cumprimento da meta em 2017 e avaliou que as desonerações dadas nos últimos anos não levaram à recuperação e ao crescimento da economia. “Muito pelo contrário, a economia entrou em recessão muito séria, inclusive por incertezas de ordem fiscal. Portanto, a prioridade absoluta agora é restauração do equilíbrio fiscal e cumprir a meta estabelecida de resultado primário para 2017”, disse.

Meirelles disse ser importante mencionar que o corte das despesas públicas por meio do contingenciamento “é muito forte e pesado, que mostra a disposição que temos de, de fato, controlar as despesas e não fazer aumentos generalizados de tributos para que o contribuinte não pague a conta”, disse. Segundo o ministro, a conta será de fato paga pela própria máquina pública, “que está tendo corte profundo”, e também por segmentos empresariais “que não mostraram o resultado necessário e esperado pela administração pública”, resumiu.

O ministro reafirmou que a economia voltará a crescer com o governo cumprindo a meta fiscal, restaurando-se, “como já está acontecendo”, a confiança nas contas públicas. “Isso faz com que os juros possam responder a uma queda da inflação e, portanto, a economia passar a crescer com inflação mais baixa. Isso vai levar a um aumento da demanda e esses setores possam crescer de forma saudável e não através de distorções tributárias.”

Meirelles afirmou ainda que os empregos estão se recuperando e vão seguir em crescimento neste ano devido à recuperação da demanda dos consumidores por esses produtos e com as empresas já começando a recompor estoques e comprar mais, “porque o importante é que restaura-se a confiança na dívida pública e nas despesas do governo”. 

Retomada

O ministro da Fazenda disse também em sua chegada à audiência que o País está em um processo de recuperação e que setores que caíram mais fortemente nos últimos dois anos, “particularmente indústria”, são os “que começam a recuperar com maior força, além da força da agricultura”.

Segundo Meirelles, o setor do comércio funciona um pouco na velocidade do de serviços”, “então essa retomada vai ser gradual”, afirmou o ministro. “Ainda teremos efeito defasado de serviços, mas que começará depois a recuperar no devido tempo. Em resumo, nós mantemos uma previsão de crescimento positivo no primeiro trimestre e um crescimento no último trimestre que seja de cerca de 2,5% ou 2,7% acima do último trimestre de 2016.” 

Na abertura dos trabalhos, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) e o presidente da comissão, Carlos Marun (PMDB-MS), travaram uma discussão após o parlamentar paulista pedir a leitura da ata da sessão anterior, pedido que não foi concedido pelo sul-mato-grossense.

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