“Melhor que a Argentina não dê calote”, avalia ex-economista do Banco Mundial

  • Por Jovem Pan
  • 30/07/2014 11h32

Enfrentando dificuldades para pagar fundos estimados em US$ 1,33 bilhão, a Argentina negocia nesta quarta-feira (30) uma postergação do prazo final estabelecida pela Justiça ameticana. No dia apontado como o seu “D”, o país comandado por Cristina Kirchner aposta na anulação da sentença que determina o pagamento e, assim, evitar seu segundo calote desde a crise de 2001.

Em entrevista à JOVEM PAN, o ex-economista do Banco Mundial Cláudio Frischtak disse nesta quarta-feira (30) que é difícil prever um resultado pela complexidade da situação, mas ressaltou que há duas alternativas: “Ou você adia uma resolução que o governo argentino está querendo ou então você entra em default [calote]”.

Frischtak afirmou ainda à editora de economia da JOVEM PAN, Denise Campos de Toledo, que a Casa Rosada quer um adiamento de 90 dias, mas, caso opte pelo calote, pode haver um pânico geral ou um processo gradativo de piora da economia.

“A rigor, para todos, seria melhor que a Argentina não entre no calote, inclusive para os próprios fundos abutres, eles gostariam de receber uma parte, eles fizeram esse investimento. (…) Só que isso depende de um indivíduo, você tem um juiz em Nova York (…). E ele determinou que a Argentina pague esses fundos”, explicou.

Ouça a entrevista completa no áudio.

 

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