Menina de 11 anos sequestrada no nordeste da Colômbia é libertada em estrada
Bogotá, 6 jun (EFE).- A menina de 11 anos sequestrada na última quinta-feira na cidade de Cúcuta, no departamento de Norte Santander, no nordeste da Colômbia, foi libertada neste sábado pelos sequestradores em uma estrada da região, informou o presidente colombiano Juan Manuel Santos.
“Daniela Mora já está livre e com seus pais, parabéns à polícia. Agora vamos atrás dos sequestradores”, disse Santos em sua conta oficial no Twitter.
A jovem, filha de um funcionário do alto escalão do governo, foi levada de helicóptero para Cúcuta, onde passará por uma primeira avaliação médica. Depois será entregue a seu pai, Diego Mora, diretor da União Nacional de Proteção (UNP).
A UNP é uma entidade vinculada ao Ministério do Interior e responsável pela segurança de funcionários, líderes sociais, jornalistas e defensores de direitos humanos ameaçados.
“Parabéns ao presidente Santos, ao general Palomino (diretor da Polícia Nacional) e a todos os companheiros do governo”, escreveu Mora no Twitter.
Segundo as primeiras versões, a menina foi deixada pelos sequestradores em uma estrada entre as zonas rurais da cidade de Zulia e Santiago, a cerca de 50 minutos do local onde teria sido raptada na quinta-feira.
Um grupo de criminosos interceptou o veículo no qual a menina estava após sair de uma atividade extraclasse. Eles levaram a jovem sequestrada e deixaram o motorista nos arredores de Cúcuta.
Para localizar a criança, a Interpol emitiu hoje alerta amarelo para solicitar a colaboração de outros países que pudessem saber o paradeiro da filha de Mora devido à proximidade de Cúcuta com a Venezuela.
Por esse mesmo motivo, as autoridades colombianas tinham estreitado a coordenação com o país vizinho para evitar que a jovem cruzasse a fronteira.
Desde o sequestro, ela estava sendo procurada por cerca de 600 agentes da polícia colombiana. O governo ofereceu uma recompensa de 300 milhões de pesos (US$ 120 mil) para quem fornecesse informações que permitissem localizá-la.
Após a libertação, seguem as investigações para encontrar seus sequestradores. Segundo a primeira hipótese, eles fazem parte do crime organizado, conforme afirmou hoje o procurador-geral da Colômbia, Eduardo Montealegre.
Não se descarta também que o sequestro seja uma vingança contra o pai da menina, que assumiu a direção da UNP em janeiro e recentemente, segundo a imprensa local, tinha iniciado investigações sobre vários casos de corrupção, como o uso de veículos da entidade para transportar gasolina contrabandeada para a Venezuela. EFE
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