Menores são indiciados por atacar portador de deficiência e postar vídeo

  • Por Agencia EFE
  • 05/02/2014 17h43
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Paris, 5 fev (EFE).- Os três adolescentes franceses que atacaram um deficiente mental de 18 anos de idade em Grenoble, na França, e depois postaram o vídeo no Facebook foram indiciados nesta quarta-feira pela agressão, informou a imprensa local.

Dois deles, de 14 e 15 anos de idade, foram acusados por “violência contra pessoa vulnerável” e “gravação e difusão de imagens violentas”, enquanto o terceiro, de 16 anos, foi indiciado como cúmplice.

Outro menino, de 12 anos, também participou do ataque e gravou a cena, mas ele ficou livre de uma possível sanção penal por sua idade, segundo o site do jornal “Le Nouvel Observateur”.

A agressão ocorreu no último domingo em um parque de Grenoble, onde dois desses menores agarraram o jovem deficiente, Yoann, até o derrubarem para, posteriormente, empurrá-lo em um canal próximo, entre os risos e comentários dos outros dois presentes.

Por isso, os acusados deveriam receber pena de cinco anos de prisão e multa de 75 mil euros; no entanto, por se tratar de menores, a sentença deve ser reduzida pela metade e ter uma vertente “educativa”, de acordo com o que o procurador de Grenoble, Jean-Yves Coquillat, disse ontem.

Enquanto esperam a decisão da pena, os agressores ficarão em liberdade sob controle judicial, um deles em uma casa de custódia, e os outros dois em suas próprias residências, com a proibição de sair entre 20h e 7h, se reunirem ou se aproximarem da vítima.

Todos eles, que não têm antecedentes criminais, reconheceram ontem perante a polícia ter cometido a agressão “por diversão” e como “parte de um jogo”.

O procurador explicou ontem que o jovem portador de deficiência, que denunciou na última segunda-feira a agressão, foi examinado no hospital, e ficou constatado que não sofreu lesões.

Um dos agressores colocou o vídeo no Facebook através de sua conta pessoal e se espalhou pela rede social, gerando uma mobilização em massa, a ponto de surgirem várias páginas de apoio à vítima.

Alguns usuários denunciaram os fatos na portal Pharos, a plataforma digital do governo francês destinada a vigiar atividades ilícitas na Internet.

A ministra de Incapacidade e Exclusão, Marie-Arlette Carlotti, rotulou ontem as imagens como “terrivelmente impactantes pelo cinismo dos agressores e pela vulnerabilidade da vítima” e garantiu que a justiça ditará “as sanções apropriadas”. EFE

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