Mercado caiu na real, diz diretor do Secovi-SP sobre queda no aluguel

  • Por Agência Brasil
  • 22/07/2015 17h21
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SÃO PAULO, SP, BRASIL, 09-06-2010, 11h00: Imóvel para locar no bairro de Pinheiros, uma das regiões mais valorizadas da capital. (Foto: Silvia Zamboni/Folhapress, IMÓVEIS) Silvia Zamboni/Folhapress Aluguel de imóveis em São Paulo

Novos contratos de locação de imóveis residenciais na capital paulista estão mais baratos do que há um ano, revela pesquisa do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). É a primeira vez que o índice fica negativo desde 2005, quando teve início o levantamento. Em junho, o valor dos contratos assinados caiu 1% no acumulado de 12 meses. Em relação a maio, também houve queda de 0,9%. “O mercado imobiliário caiu na realidade da locação”, avaliou Mark Turnbull, diretor de Gestão Patrimonial e Locação do sindicato.

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que é usada para reajustar 95% dos contratos, por sua vez, registra alta de 5,6% nos últimos 12 meses. Para Turnbull, o distanciamento entre o índice e o valor de mercado deve-se a maiores negociações entre proprietários e inquilinos. “Do lado do proprietário, que tinha a ideia de anos anteriores, com valores subindo, achando que teria valores cada vez maiores, [isso] não ocorreu, pela situação macroeconômica. Ele começou a cair na realidade, a ser mais flexível e realista”, apontou.

O diretor avalia que a situação é mais favorável ao inquilino, mas também não está tão ruim para os proprietários. Eles estão conscientes que, se quiserem ter renda, terão que baixar o preço de locação e garantir renda menor do que vinha tendo, de acordo com Turnbull. Ele destaca que, mesmo alugando por valor mais baixo do que o esperado, o proprietário fica desobrigado de despesas como Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU) e condomínio, que ficam a cargo do inquilino. “O Importante é manter fluxo positivo mensal”, declarou.

Segundo Turnbull, a tendência de queda para locação de imóveis na cidade de São Paulo deve continuar. Ele acredita ainda que a redução de crédito para financiamento imobiliário e o aumento das exigências pelos bancos devem contribuir para que a demanda pelo aluguel permaneça.

A pesquisa mostra ainda que 47,5% dos contratos foram fechados com fiador, seguido por depósito (33,5%) e seguro fiança (19%). As unidades com um quarto foram alugadas mais rapidamente: 19,1 dias para casas com um dormitório e 25,8 dias para apartamentos na mesma condição. As unidades com três quartos, por outro lado, demoraram entre 47 e 52 dias para serem alugadas.

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