Mercado de turismo espacial deve se expandir a partir de 2015

  • Por Agencia Brasil
  • 28/01/2014 17h37

O estudante de engenharia Pedro Nehme falou, nesta terça-feira, sobre as perspectivas de mercado na área (Foto: Ana Elisa Santana/Portal EBC)

Ser astronauta é um sonho de boa parte das crianças. E quem nunca imaginou como seria fazer uma viagem ao espaço? O brasileiro Pedro Henrique Dória Nehme investe seus estudos na área de projetos espaciais, e acredita que o mercado para essas atividades deve se expandir a partir do final de 2014. Ele participou nesta terça-feira (28/1) da Campus Party Brasil, onde falou sobre os principais projetos existentes na área e as perspectivas de crescimento desse mercado que atrai cientistas e entusiastas das viagens espaciais.

Confira aqui a cobertura completa da EBC na Campus Party 2014

Nehme acredita que a partir do final de 2014, projetos devem voltar a ser colocados em prática e a indústria de atividades espaciais vai crescer rapidamente, aumentando assim as possibilidades para quem deseja trabalhar nesta área. “Hoje a indústria espacial já tem startups nessa área, o que era uma coisa totalmente impensável”, afirma. A formação, no entanto, pode preparar profissionais para todas as áreas, segundo o estudante de engenharia: “É isso que as empresas procuram, um profissional que esteja vendo o projeto como um todo e saiba atuar na sua área”, afirma.

Confira vídeo com o estudante:

As oportunidades nesta área atraíram para o evento estudantes como Joel Anderson, 21 anos, que faz o curso de física em São Luís (MA). Interessado em astrofísica, ele se viu diante de mais possibilidades para a área. “Antes eu achava que o único foco do turismo espacial seria a viagem a outros planetas, mas aqui vi que o mercado pode render mais do que isso”, afirma Anderson, que tem o objetivo de trabalhar na Base de Alcântara, localizada em seu estado.

Apesar das grandes perspactivas no mercado mundial, no Brasil ainda falta investimento, de acordo com Nehme. “O mercado no Brasil hoje é um tanto restrito, por não ter uma indústria sólida, forte, que possa caminhar com as próprias pernas”, relata. “A sociedade brasileira precisa entender a importância dessa área, o Brasil ainda é um país que explora muito pouco as atividades espaciais. Os jovens precisam se engajar com isso”, defende.

O estudante de engenharia elétrica da Universidade de Brasília (UnB), Pedro Nehme foi vencedor de um concurso mundial da companhia aérea KLM, cujo prêmio é uma viagem espacial que ocorrerá neste ano. Ele fez estágio na Agência Espacial Norte-americana  (NASA), e atualmente trabalha na Agência Espacial Brasileira.
 

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