Mercado sobe projeção da Selic para 13,75% este ano

  • Por Agencia Brasil
  • 25/05/2015 10h01
BRASÍLIA,DF,29.10.2014:COPOM-JUROS - Sede do Banco Central em Brasília (DF), nesta quarta-feira (29). A taxa básica de juros da economia (Selic), válida para os próximos 45 dias, será anunciada hoje pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BDC). A reunião que vai definir a Selic, a penúltima do ano, começou ontem (28) à tarde, com apresentações técnicas e discussões sobre a conjuntura econômica. (Foto: Charles Sholl/Futura Press/Folhapress) Charles Sholl/Futura Press/Folhapress Copom banco central

O Banco Central (BC) informou nesta segunda (25) que analistas e investidores do mercado financeiro elevaram a previsão de fechamento da Selic, taxa básica de juros da economia, para 2015. A projeção passou de 13,5% para 13,75% ao ano.

Como atualmente a Selic, instrumento do BC para controle da inflação, está em 13,25%, isso implica aumento de 0,5 ponto percentual na taxa até o fim do ano. De outubro de 2014 para cá, a Selic já subiu 2,25 pontos percentuais.

A estimativa para a taxa básica está no boletim Focus, pesquisa semanal do BC junto a instituições financeiras. Os analistas ouvidos pelo Focus também voltaram a elevar a previsão de fechamento da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2015. A estimativa de alta, que estava em 8,31%, agora é 8,37%.

O IPCA, considerado o índice oficial de inflação do país, é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e utilizado pela autoridade monetária para o acompanhamento dos objetivos estabelecidos pelo sistema de metas de inflação. Além do IPCA, o mercado ampliou a previsão de alta para os preços administrados, como o da energia e da gasolina, de 13,5% para 13,7%.

Banco Central

Os analistas também preveem uma queda maior do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos em um país). A estimativa para o PIB na semana anterior era 1,2%. Nesta semana, a previsão é recuo de 1,24% em 2015. Já a projeção de queda da produção industrial permaneceu em 2,8%. A estimativa para o câmbio ao fim de 2015 continuou em R$ 3,20.

A expectativa para a dívida líquida do setor público ficou em 37,9% do PIB. A projeção do déficit em conta-corrente, que mede a qualidade das contas externas, subiu de US$ 82,4 bilhões para US$ 83,8 bilhões. O saldo projetado para a balança comercial permanece positivo em US$ 3 bilhões. Os investimentos estrangeiros estimados subiram de US$ 61 bilhões para US$ 65,5 bilhões.

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