Mercosul vai rever suas barreiras tarifárias internas em 6 meses

  • Por Agencia EFE
  • 16/07/2015 23h04

Brasília, 16 jul (EFE).- Os países do Mercosul acordaram nesta quinta-feira que vão analisar durante o próximo semestre alternativas com o objetivo de eliminar barreiras tarifárias no futuro, além de outras medidas equivalentes que existem no bloco, informaram fontes oficiais.

Essa iniciativa atenderá a um pedido apresentado hoje por Paraguai e Uruguai durante a reunião semestral do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, prévia à cúpula que amanhã reunirá em Brasília os presidentes de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

Segundo fontes oficiais do governo brasileiro, a análise sobre os impedimentos tarifários e outras medidas desta natureza será feita durante os próximos seis meses, período em que o Paraguai exercerá a presidência rotativa do bloco, que receberá do Brasil amanhã.

O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, tinha antecipado que seu país e o Uruguai tinham pedido a eliminação dessas barreiras, a fim de que se garanta uma livre e efetiva circulação de bens entre os países do bloco.

Segundo Loizaga, isso também representaria um forte empurrão para o comércio no interior do Mercosul, o que considerou uma “necessidade” frente à desaceleração do comércio mundial causada pela crise econômica global.

Fontes do governo do Brasil também disseram que, durante a reunião do CMC, os países concordaram em renovar, por um prazo de dez anos, o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem).

As contribuições a esse fundo utilizado para o financiamento de diversos projetos e obras nos países-membros serão mantidas nos mesmos valores anuais da atualidade, US$ 100 milhões, dos quais o Brasil é responsável por 70%, a Argentina por 27%, o Uruguai por 2% e o Paraguai pelo 1% restante.

As decisões tomadas hoje no CMC deverão ser ratificadas amanhã pelos líderes dos países do bloco, que serão recebidos pela presidente Dilma Rousseff.

Além de Dilma, participarão da cúpula os presidentes de Argentina, Cristina Kirchner; Paraguai, Horacio Cartes; Uruguai, Tabaré Vázquez, e Venezuela, Nicolás Maduro.

Também estarão presentes os líderes de Bolívia, Evo Morales, e Guiana, David Granger, cujos países têm o status de Estados associados ao Mercosul. EFE

ed/rpr

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