Merkel discutirá com Cameron nomeação de Juncker para Comissão Europeia

  • Por Agencia EFE
  • 04/06/2014 21h20
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Bruxelas, 4 jun (EFE).- A chanceler alemã, Angela Merkel, informou nesta quarta-feira que terá, paralelamente ao G7, uma reunião bilateral com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, sobre a eventual nomeação de Jean-Claude Juncker como presidente da Comissão Europeia (CE).

Merkel apoiou o ex-primeiro-ministro de Luxemburgo, o candidato comum do Partido Popular Europeu (PPE), que, contudo enfrenta a resistência de Hungria, Suécia e, especialmente, do Reino Unido.

“Ainda não tive um encontro adicional (com Cameron), mas terei durante o G7. Vamos continuar a conversar e também não será meu último contato”, disse em entrevista coletiva no fim do dia, em Bruxelas.

Merkel lembrou que o presidente permanente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, seguirá com o processo de consulta com os líderes e diferentes chefes dos grupos da Eurocâmara para buscar um candidato de consenso à presidência da CE como foi estabelecido no mandato que obteve da UE há uma semana.

Juncker, por sua vez, deve se encontrar amanhã com o alemão Manfred Weber, escolhido como presidente de grupo do Partido Popular Europeu (PPE).

O ex-presidente do Eurogrupo conseguiu a legitimidade das urnas em 25 de maio com a conquista pelo PPE da maioria de cadeiras da Eurocâmara, mas são os chefes de governo no Conselho Europeu que devem ratificar o candidato no próximo dia 27 de junho por maioria qualificada.

Fontes diplomáticas europeias explicaram que Juncker não descarta propor a limitação da livre circulação de trabalhadores no futuro como concessão ao Reino Unido para que apoie sua indicação.

Juncker sabe que será necessário estabelecer algumas concessões a Londres para ter chance de conseguir respaldo à sua indicação, o que as fontes disseram que “nunca poderia passar por dar um tratamento privilegiado em relação aos outros países ou ignorar o que dizem os tratados”.

“Não está na mesa restringir a liberdade de circulação de trabalhadores, prevista nos tratados, mas seria possível, caso haja respaldo para modificar a direção para evitar abusos aos sistemas da seguridade social dos países que mais recebem trabalhadores”, acrescentaram.

É “inconcebível” que um candidato alternativo ao dos partidos políticos europeus seja o futuro presidente da Comissão Europeia, dissipando assim os fortes rumores da possibilidade de a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, se tornar uma opção do consenso.

“Diria que hoje só há 1% de probabilidade de Lagarde ficar à frente do executivo comunitário”, disseram. EFE

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