Merkel e Hollande lembram que Acordo de Minsk sobre Ucrânia está em vigor
Berlim, 24 ago (EFE).- A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, François Hollande, reiteraram nesta segunda-feira a vigência do acordo de Minsk como única via possível para estabilizar o leste da Ucrânia e pediu o fim dos confrontos na área.
“Viemos aqui implementar o acordo de Minsk, não colocá-lo em questão”, afirmou a chanceler em um pronunciamento conjunto em Berlim com Hollande e o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, diante da escalada da violência entre os rebeldes pró-Rússia e o exército ucraniano.
Poroshenko, por sua vez, ressaltou que “não há alternativa ao Acordo de Minsk”, em referência ao pacto assinado com o presidente russo, Vladimir Putin, em fevereiro, mediado por Merkel e Hollande, para pôr fim ao conflito no leste da Ucrânia.
Merkel ressaltou que ele não está implementado “em sua totalidade” atualmente, e ressaltou a importância de retirar as armas pesadas da linha de contato e de permitir a liberdade de movimento, com segurança, para os observadores da OSCE.
Além disso, reconheceu que há diferenças de critério entre Ucrânia e Rússia em dois pontos acordados em Minsk: o relativo à reforma da constituição ucraniana e o sobre a realização de eleições na Ucrânia.
Outro ponto pactuado em Minsk, assegurar a chegada de ajuda humanitária à população civil no leste da Ucrânia, vai “muito mal”, lamentou a chefe do governo alemão.
O encontro entre os três líderes em Berlim também discutiu a necessidade de desbloquear as conversas para conseguir um acordo que permita o trânsito seguro de gás russo para a Europa através da Ucrânia “mas que também sirva à segurança energética ucraniana”, indicou Poroshenko. EFE
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