Merkel pede a Tsipras que aceite proposta “extraordinariamente generosa”
Bruxelas, 26 jun (EFE).- A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta sexta-feira que pediu ao primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, para que aceite a “extraordinariamente generosa” proposta feita pelos credores na véspera da reunião decisiva de ministros da Economia e de Finanças da zona do euro (Eurogrupo).
Merkel, que se reuniu hoje junto com o presidente francês, François Hollande, com o primeiro- ministro grego, abordou na reunião trilateral os “procedimentos” para se chegar a um acordo e “pediu para que ele aceite a extraordinariamente generosa proposta das instituições”, ou seja, FMI, BCE e Comissão Europeia (CE).
“O Eurogrupo tem um caráter decisivo, por isso pedi que, também a favor de uma boa solução para a Grécia, aceite esta oferta”, explicou Merkel na entrevista coletiva posterior ao Conselho Europeu – o mais alto órgão político da União Europeia -, no qual a Grécia ocupou boa parte dos debates entre os líderes, apesar de não estar formalmente na agenda.
“Queremos, e todos os países da zona do euro o reiteraram assim, que haja uma solução”, que se baseia, acrescentou, no princípio de sempre: “solidariedade de um lado e esforços próprios do outro”.
“Todos opinamos que a oferta é muito generosa. Agora cabe esperar que os processos internos do lado grego sejam encaminhados a uma solução”, declarou Merkel.
A chanceler alemã destacou que os credores deram “um passo em direção à Grécia”, a respeito das condições estabelecidas na segunda prorrogação do resgate grego no dia 20 de fevereiro passado, no qual se queria levar em conta a situação econômica para fixar a meta de superávit primário, mas que depois Atenas devia cumprir nos anos posteriores.
Agora as instituições credoras baixaram os objetivos para 1% do PIB para este ano e 2%, 3% e 3,5% nos seguintes.
“Com um passo generoso facilitamos as metas para a Grécia”, destacou Merkel, por isso que “agora está fixado o marco para que a Grécia de um passo similar”.
Perguntada se trabalhou em um plano B se as negociações no Eurogrupo fracassarem, a chanceler alemã respondeu categoricamente com um “não”. EFE
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